Carlos Bolsonaro denuncia escolta armada durante ida de Bolsonaro ao hospital
Vereador afirma que comboio armado tinha como objetivo humilhar o ex-presidente, que passou por procedimento ambulatorial autorizado pelo STF
Por Plox
14/09/2025 14h43 - Atualizado há 1 dia
Na manhã deste domingo, 14 de setembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro se deslocou de sua residência até um hospital particular em Brasília para realizar a retirada de duas lesões de pele. Autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o procedimento foi ambulatorial, sem necessidade de internação, e o retorno à prisão domiciliar estava previsto para o mesmo dia à tarde.

O que chamou a atenção, porém, foi o forte esquema de segurança que acompanhou o deslocamento. Segundo relatos do vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, mais de 20 homens armados com fuzis integraram o comboio que transportou Jair Bolsonaro, além de mais de 10 batedores. O vereador classificou o aparato como uma tentativa deliberada de humilhação. Em publicação nas redes sociais, Carlos escreveu:
\"Estou com meu pai e presencio a continuidade do maior circo armado da história do Brasil\"
.
Ainda em sua publicação, Carlos relatou que o pai foi vigiado por homens armados dentro do hospital, como se pudesse empreender fuga pela janela, ironizando a medida. Para ele, a situação demonstra uma clara intenção de fragilizar, expor e ofender Bolsonaro, inclusive durante um momento de tratamento médico.
\"Fica claro: o objetivo é fragilizá-lo, expô-lo e ofendê-lo, em nome da tal ‘missão dada, missão cumprida’ até mesmo durante uma cirurgia! Isso é método de abate!\"
, protestou.
Carlos ainda reforçou sua indignação ao afirmar que há uma tentativa de concluir o que não se conseguiu nas eleições de 2018:
\"Querem matar Jair Bolsonaro de um jeito ou de outro!\"
, completou.
O ex-presidente cumpre prisão domiciliar após ser condenado a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado, por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A sentença foi proferida pela Primeira Turma do STF na última quinta-feira, 11 de setembro. Ele é um dos oito condenados pelo episódio, tendo recebido a pena mais severa.
A decisão judicial que permitiu a ida ao hospital também determina que o ex-presidente seja monitorado por agentes de segurança na área externa de sua casa, para evitar uma possível fuga. O boletim médico divulgado após o procedimento indicou que Bolsonaro apresenta um quadro de anemia.
O caso repercutiu nas redes e ampliou a tensão política em torno da figura do ex-presidente e do tratamento dispensado pelas autoridades durante o cumprimento da pena imposta pelo Supremo Tribunal Federal.