Usiminas assume compromisso para novas medidas de controle do "pó preto"

Empresa anuncia novos investimentos para mitigação de impactos de emissões da Usina de Ipatinga

Por Plox

14/10/2019 18h01 - Atualizado há mais de 4 anos

A Usiminas assinou, na tarde desta segunda-feira (14), um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) com o objetivo de reduzir a emissão de partículas sedimentáveis, conhecidas popularmente como “pó preto”, gerados pela Usina de Ipatinga.

Conforme o acordo com o MP, a companhia se compromete a instalar, dentro de um prazo de cerca de quatro meses, uma rede de monitoramento específica para o material sedimentável, com seis pontos de medição a serem instalados nos bairros das Águas, Bom Retiro, Cariru, Centro, Novo Cruzeiro e Veneza. Os pontos específicos em cada bairro serão mapeados pela Usiminas e aprovados previamente pelo MP e Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam).

Foto: Marcelo Augusto / PLOX20191014 162032

O objetivo da rede de monitoramento é permitir que sejam feitas análises quantitativa e qualitativa do material sedimentável disperso sobre a área do município de Ipatinga para que a empresa estabeleça ações para reduzir as suas emissões e consequente dispersão do material na cidade.

20191014 162048

O documento também estabelece que deverão ser definidas metas de redução das emissões geradas pela Usiminas. Esses números serão acordados entre a companhia, o MPMG e a Feam, a partir dos resultados apontados no estudo preliminar a ser entregue, cerca de quatro meses após a instalação da rede de monitoramento específico de partículas sedimentáveis. Esse prazo é necessário para que se tenha dados suficientes e confiáveis para a definição de estratégias efetivas.

Em paralelo a essas etapas iniciais do acordo, a Usiminas já está tomando novas medidas para reduzir o incômodo da população de Ipatinga em relação ao particulado sedimentável. A companhia iniciou, por exemplo, os testes com canhões de névoa em pontos estratégicos da Usina. São dois equipamentos, importados da Suécia, que circularão por diversos pontos da planta ao longo de 60 dias. O objetivo é avaliar a performance da tecnologia na retenção do material em suspensão antes que  ocorra a dispersão. O equipamento é uma tecnologia nova no mercado e mostrou resultados positivos em outras empresas. Outros equipamentos e soluções também estão sendo avaliados para implantação no curto e médio prazos.

“Hoje, demos um passo muito importante em nosso histórico de parceria com a comunidade de Ipatinga e do Vale do Aço. Mais que um documento entre empresa e Ministério Público, o que temos é a renovação do compromisso com a qualidade de vida das pessoas e com o desenvolvimento sustentável de Ipatinga, construído com base no diálogo amplo e transparente com diversos atores. Esse tem sido o objetivo da Usiminas há 57 anos e esperamos avançar ainda mais, sempre em conjunto com os nossos colaboradores e toda a cidade”, avalia Tulio Chipoletti, diretor industrial da Usiminas. 

O diretor ressalta que todas as ações anunciadas e previstas no TAC dizem respeito às partículas sedimentáveis ou “pó preto”, com o objetivo de reduzir o incômodo da população. Outros tipos de emissões, conhecidas como partículas inaláveis, já são monitoradas e acompanhadas pelos órgãos competentes e estão dentro dos padrões recomendados pela legislação. “É fundamental que todos compreendam essa diferença, uma vez que são as partículas inaláveis que estão relacionadas a problemas de saúde e não o pó preto”, explica Chipoletti.

usiminasTAC foi assinada na tarde desta segunda-feira (14). Foto: divulgação.

Foto: Marcelo Augusto / PLOX20191014 162048

Medidas já adotadas

O controle ambiental é um compromisso da Usiminas, que investe permanentemente nos seus processos e cumpre a legislação vigente. No ano passado, por exemplo, a empresa investiu, entre outras frentes, na modernização das áreas de despoeiramento do Alto-Forno 1 e da Sinterização, onde foi instalado, recentemente, um lavador de rodas de caminhões para evitar o carreamento de material para as vias internas da Usina e consequentemente a suspensão do mesmo pelo trânsito interno de veículos.

A expectativa é que as medidas já adotadas recentemente e as demais em estudo e testes garantam resultados efetivos que possam mitigar cada vez mais os impactos das atividades operacionais na cidade.

Destaques