Round 6 faz Coreia do Sul se firmar como exportadora de cinema e música
Série se tornou a mais assistida da Netflix
Por Plox
14/10/2021 09h19 - Atualizado há quase 3 anos
"Batatinha frita, 1, 2, 3", uma brincadeira de criança está agora associada às cenas de terror. O estilo K-pop foi deixando de ser exótico e se tornou corriqueiro para muitos jovens, também no ocidente.
É dessa forma, que a Coreia do Sul se consolida como um grande exportador de produtos culturais, com destaque para a música e o cinema, esse último catapultado pelo fenômeno Netflix.
E o mundo, que já viu brilhar nas telas o cinema italiano, o cinema francês e principalmente as produções hollywoodianas, agora se vira para o oriente, e admira astros de nomes bem difíceis, pelo menos para nós das Américas.
Em 2020 o filme coreano "Parasita'' foi o grande vencedor do Oscar com quatro prêmios. Foi a 1ª vez que uma produção não falada em língua inglesa levou a estatueta de Melhor Filme.
Mas a brincadeira de batatinha frita 123, e outros enredos com finais aterrorizantes da série Round 6, em exibição na Netflix, é que, atualmente, tem chamado a atenção, pelo sucesso e pelas polêmicas.
"Round 6" se tornou a série mais assistida da Netflix e já foi assistida "por 111 milhões de lares", essa é a informação divulgada pela empresa nessa última terça-feira.
Algumas polêmicas são, digamos, menos graves, como, por exemplo, um número de telefone que aparece na trama tem feito o proprietário da linha receber milhares de ligações. Tem também acusação de plágio e outras. Mas a produção é uma espécie de fusão dos antigos jogos infantis, da época das cantigas de roda, com o filme "Jogos Mortais”. E essa associação entre temas infantis com terror que está alavancando polêmicas mais graves. Professores, psicólogos e mães têm ido às redes sociais alertarem.
Um dado que preocupa é o número de crianças que têm assistido ao conteúdo. O próprio criador da série declarou que está perplexo ao saber que tem crianças assistindo a esta produção. Ele chegou a fazer um alerta para que jovens que não sejam da faixa etária recomendada não tenham acesso a esta produção.
Ele pediu prudência e que os pais ou responsáveis não deixem menores de 16 ficarem expostos ao conteúdo da série.
Segundo psicólogos e professores, quando as crianças e adolescentes entram em contato com conteúdo violento acabam ‘normalizando’, ou seja, passam a achar isso normal, comum, e se tornam pessoas sujeitas a serem reativas e agressivas.
Nesse caso específico da série “Round 6”, a preocupação é ainda maior, pois há uma ligação direta com o mundo infantil. Além da brincadeira ‘Batatinha frita 1,2,3’, a série também usa ‘Cabo de guerra’, ‘Bolas de gude’ e outras, para assassinar a ‘sangue-frio’ as pessoas que não conseguem atingir os objetivos.