Vizinha é agredida com chute no rosto em briga durante final da Copa do Brasil

No bairro de Ponte Grande, em Guarulhos, na Grande São Paulo, uma mulher de 37 anos foi agredida por um vizinho durante uma briga que ocorreu no dia da final da Copa do Brasil, envolvendo São Paulo e Flamengo, em 24 de setembro.

A comerciante, identificada como Liana Parente, sofreu uma luxação no maxilar devido à agressão, que foi iniciada por Michel Lapa. A Justiça paulista emitiu uma medida protetiva que proíbe Lapa de se aproximar tanto da mulher quanto do filho dela de 8 anos, que presenciou o incidente.

O conflito começou quando Lapa, vestindo uma camisa do São Paulo, fez uma brincadeira com o filho flamenguista da vítima, alegadamente apertando as partes íntimas do garoto. Ao questionar o vizinho sobre o ocorrido e filmar o rosto dele para enviar à síndica do prédio, Liana relatou ter sido agredida com socos, ficando sem chance de se defender.

As imagens do incidente mostram Liana tentando se apoiar em uma mesa de pingue-pongue após já estar zonza, mas a mesa cai. Em seguida, o agressor, sob o controle de outros moradores, retorna e desfere um chute na cabeça da mulher.

Liana desmaiou e ficou desacordada por alguns minutos, conforme testemunhas relataram. Ela exibiu os hematomas resultantes do chute de Michel Lapa na delegacia. Segundo a comerciante, o ataque não foi simples agressão, mas uma tentativa de homicídio motivada por uma brincadeira sobre futebol envolvendo seu filho e o agressor, que estava alcoolizado.

O G1 procurou Michel Lapa e sua esposa, que direcionaram as perguntas para o advogado Leonardo Borges. Este, por sua vez, não respondeu às questões sobre o caso e limitou-se a afirmar que seu cliente não autoriza a publicação de sua imagem em nenhuma matéria jornalística.

O filho da vítima presenciou as agressões e, segundo Liana, ficou traumatizado com a cena, recusando-se a voltar ao prédio desde o episódio. Atualmente, mãe e filho estão vivendo em um apartamento cedido por amigos até encontrarem um novo local para morar, já que a família de Liana reside na Bahia.

Liana expressou sua frustração com a medida protetiva, afirmando que ela não se sente protegida e que o agressor continua livre. Ela clama por justiça e espera que Michel Lapa seja responsabilizado por suas ações, para que nenhuma mulher ou criança passe pelo que ela passou em suas mãos.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o 1º Distrito Policial já abriu inquérito sobre o caso e ouviu a vítima e testemunhas. Michel Lapa foi intimado a comparecer na unidade policial para prestar esclarecimentos. Os laudos do Instituto Médico Legal (IML) foram incluídos no processo, e as investigações continuam em andamento.