Fernanda Montenegro fala sobre a morte em novo documentário

A atriz, que completará 95 anos nesta quarta-feira (16), reflete sobre a vida, saudade e a inevitabilidade da morte em homenagem documental

Por Plox

14/10/2024 18h56 - Atualizado há 7 dias

No documentário Tributo - Fernanda Montenegro, que será lançado no Globoplay no dia do seu aniversário de 95 anos, a renomada atriz compartilha suas profundas reflexões sobre a proximidade da morte. Durante o filme, Fernanda admite que o pensamento sobre a mortalidade é uma presença constante em sua vida. "A consciência da morte é constante, diária, a cada segundo", revela a atriz em um dos momentos mais marcantes da produção, conforme relatado pelo Gshow.

Foto: reprodução/ Globoplay

Com uma postura franca sobre o tema, Montenegro deixa claro que não se trata de conformismo, mas sim de aceitação da inevitabilidade do fim. “Não é se conformar [com a morte], é tentar aceitar, porque vai vir. O que vamos fazer? Ninguém é eterno", reflete a artista, reconhecendo a incerteza que a passagem do tempo traz e a certeza de que a morte faz parte do ciclo da vida.

Luto e saudade dos que já se foram

Além de discutir a morte, Fernanda Montenegro também fala sobre o impacto emocional da perda de amigos e colegas ao longo dos anos. Com o avançar da idade, o sentimento de saudade se intensifica, especialmente em relação àqueles que compartilharam momentos únicos ao longo da vida. "Você se lembra de um amigo que já se foi, e só ele lembraria dessa memória que você tem. De repente, bate um buraco de saudade dos que já se foram", desabafa a atriz, revelando a solidão que pode acompanhar a longevidade.

Longevidade e o desejo de viver até os 100 anos

Ainda no documentário, Montenegro também reflete sobre sua própria longevidade. A atriz expressa o desejo de seguir os passos de familiares que viveram por longos anos e que encontraram beleza na vida mesmo na velhice. “Eu sou de uma raça que dura muito. Meu pai com 90 e tantos dizia que queria chegar aos 100 anos, porque a vida é tão boa. Então eu tenho esses exemplos perto de mim, de velhos duros que aguentaram muita coisa na vida e querem chegar aos 100”, compartilha, demonstrando que, apesar da consciência sobre a morte, ainda há o desejo de vivenciar mais alguns anos.

O documentário promete ser uma celebração da carreira e da vida da atriz, ao mesmo tempo em que oferece um retrato íntimo de seus pensamentos mais profundos sobre os temas universais da vida e da morte.

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