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No último sábado, 11 de outubro, o conselheiro de Donald Trump, Jason Miller, fez duras declarações nas redes sociais direcionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Utilizando sua conta no X (antigo Twitter), Miller garantiu que não irá desistir até que Moraes seja preso.
“Não vou desistir até que o careca esteja atrás das grades e receba tudo o que merece!!!”
O episódio ganhou ainda mais repercussão após a divulgação de um comunicado da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos, emitido na sexta-feira, 10 de outubro. O órgão norte-americano afirmou que Filipe Martins não ingressou nos Estados Unidos no dia 30 de dezembro de 2022 — data usada pelo STF, através de decisão de Moraes, como justificativa para a prisão do ex-assessor, que durou seis meses.
Essa revelação contradiz diretamente as alegações utilizadas para a detenção de Martins. A agência americana foi categórica ao dizer que Moraes baseou sua decisão em “registro errôneo”. Acrescentou ainda que “a inclusão desse registro impreciso nos sistemas oficiais do CBP permanece sob investigação, e o CBP tomará as medidas apropriadas para evitar que discrepâncias futuras ocorram”.
Martins, que hoje é réu no STF, é investigado por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado. A Polícia Federal sustenta que ele teria deixado o Brasil com destino a Orlando, nos EUA, integrando uma comitiva do então presidente Jair Bolsonaro.
Além das críticas a Moraes, a agência norte-americana também apontou que o ministro foi recentemente sancionado pelos Estados Unidos por supostas violações de direitos humanos contra cidadãos brasileiros — uma ação que contribuiu para o aumento da tensão política entre os dois países.
As declarações de Jason Miller e os desdobramentos da prisão de Filipe Martins reacendem o embate entre figuras ligadas ao bolsonarismo e integrantes do Judiciário brasileiro, gerando repercussão tanto no Brasil quanto no exterior.
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