Prefeitos planejam desvio de veículos pesados da BR-040 para reduzir acidentes

Prefeitos de pelo menos dez cidades do entorno da BR-040, em Minas Gerais, estão elaborando uma proposta para desviar o tráfego de veículos pesados, especialmente os que transportam minério, da rodovia. Eles acreditam que a presença desses veículos tem contribuído para o aumento do índice de acidentes nos trechos das estradas estaduais. A reunião para debater essa proposta ocorreu na terça-feira (14) na Prefeitura de Itabirito, na Região Central de Minas Gerais.

Alternativas Propostas

Os prefeitos, principalmente das cidades do Alto Paraopeba, pretendem apresentar ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) um plano que inclui rotas alternativas para o tráfego desses veículos pesados, como a criação de uma "Rodovia do Minério" e a utilização de uma estrada denominada "Pico da Fábrica". Eles sugerem que as mineradoras pavimentem essas vias alternativas. A proposta recebeu apoio da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig).

Contexto da BR-040

A BR-040, que liga Belo Horizonte ao Rio de Janeiro, está em processo de relicitação para a gestão privada. A Via 040, atual concessionária, pretende abandonar a administração do trecho, que já registrou mais de 2.700 incidentes neste ano. O governo federal, buscando tornar a rodovia mais atraente para investidores privados, dividiu a BR-040 em três trechos: um entre Belo Horizonte e o Rio de Janeiro, outro entre Minas Gerais e Goiás (Rota dos Cristais), e um terceiro entre Cristalina (GO) e o Distrito Federal (Rota do Pequi).

Posicionamento dos Órgãos Governamentais

O Ministério dos Transportes, contactado para comentar sobre a possibilidade de criação de uma nova rodovia na região, informou que não há discussões em andamento sobre este assunto. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirmou estar comprometida com a relicitação da BR-040, incluindo melhorias para aumentar a segurança dos usuários. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o governo de Minas Gerais também foram contatados para comentar sobre o plano dos prefeitos.