Política

STF libera visitas políticas a Bolsonaro durante prisão domiciliar

Governadores, parlamentares e aliados poderão visitar o ex-presidente entre 24 de novembro e 13 de dezembro, sob monitoramento rígido e sem discussões políticas coletivas.

14/11/2025 às 09:29 por Redação Plox

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente em prisão domiciliar há 102 dias, receba visitas de governadores, parlamentares e outros aliados nas próximas semanas. As visitas ocorrerão no condomínio onde Bolsonaro mora, em Brasília, no contexto do inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado e ataques às instituições.

Jair Bolsonaro terá encontros com governadores, parlamentares e outros apoiadores nas semanas vindouras

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Foto: STF


Treze visitas agendadas a Bolsonaro

Entre os dias 24 de novembro e 13 de dezembro, treze encontros foram permitidos por Moraes. No dia 26 de novembro, Bolsonaro receberá o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), solicitação feita ao STF sob justificativa de “necessidade de diálogo direto”. Nos demais dias, estão previstas visitas de outros nomes da política e aliados do ex-presidente.

No dia 1º de dezembro, é a vez do deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), relator do projeto de lei Antifacção, tema em debate entre o Congresso e o governo federal. Já Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás, vai se encontrar com Bolsonaro em 9 de dezembro. Em 10 de dezembro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também fará uma visita.

Aliados políticos também autorizados

Além das visitas de governadores, Moraes autorizou a entrada dos deputados Evair de Melo (PP-ES), José Medeiros (PL-MT) e Ubiratan Sanderson (PL-RS). Também estão liberados para visitar Bolsonaro o ex-ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida, o ex-deputado federal Odelmo Leão (PP-MG), o padre Cleidimar Moreira e o pecuarista Bruno Scheid, vice-presidente do PL em Rondônia.

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar

Jair Bolsonaro permanece em prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, por decisão de Alexandre de Moraes, após descumprimento de restrições impostas pela Justiça. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar tentativa de golpe de Estado e ataques às instituições.

Nesta sexta-feira (14/11), está prevista a conclusão, pela Primeira Turma do STF, do julgamento que rejeitou os recursos de Bolsonaro e de outros seis condenados. O próximo passo é a declaração de trânsito em julgado, etapa que antecede o cumprimento formal das sentenças.

Restrições e medidas de segurança permanecem

Apesar da autorização das visitas, foram mantidas todas as restrições existentes. Moraes determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal realize vistorias nos veículos que entrarem e saírem da residência, com o objetivo de garantir segurança e controle. A medida inclui ainda a proibição de qualquer tentativa de comunicação política, coletiva ou virtual durante os encontros, reforçando o caráter restritivo da prisão domiciliar.

As visitas ocorrem em meio a um momento sensível para Bolsonaro, com o processo judicial próximo da etapa final e a manutenção de rígidas normas de segurança.

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