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Morador de casa explodida no Tatuapé já foi investigado por soltar balões com fogos em SP

Adir de Oliveira Mariano, provável vítima da explosão ocorrida em depósito irregular de fogos, já respondeu à investigação por integrar grupo de baloeiros; caso acende alerta para riscos desse crime ambiental

14/11/2025 às 12:00 por Redação Plox

O morador da casa no Tatuapé, onde uma explosão destruiu residências na Zona Leste de São Paulo na quinta-feira (13), já havia sido alvo de investigação policial no passado por envolvimento na soltura de balões com fogos de artifício.

Conforme apurações, Adir de Oliveira Mariano, de 46 anos, é a possível vítima localizada na residência que explodiu na quinta-feira (13/11)

Conforme apurações, Adir de Oliveira Mariano, de 46 anos, é a possível vítima localizada na residência que explodiu na quinta-feira (13/11)

Foto: Reprodução / Redes sociais.


Explosão atinge casas na Zona Leste e deixa vítimas

A detonação ocorreu em um imóvel na Rua Francisco Bueno, e de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), ali havia um depósito irregular de fogos de artifício. O local foi completamente destruído, afetando também outras casas próximas. O impacto feriu dez pessoas que transitavam de carro pela região, mas elas não correm risco de morte. Veículos foram danificados e vidros de imóveis vizinhos quebraram com o deslocamento de ar.


A residência que servia como armazém foi totalmente consumida pelo fogo

A residência que servia como armazém foi totalmente consumida pelo fogo

Foto: Reprodução / CNN.



Câmeras de segurança e moradores registraram o momento da explosão. A Defesa Civil interditou 21 casas na área. Um corpo foi encontrado carbonizado no local e segue sob exames para identificação pela Polícia Técnico-Científica, que ainda investiga se se trata de Adir de Oliveira Mariano, de 46 anos. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) ainda não foi concluído.

Ligação com soltura de balões em São José dos Campos

Adir Mariano já foi investigado em 2011 por envolvimento com um grupo de baloeiros em São José dos Campos, no interior paulista. Na época, ele e outros cinco suspeitos foram detidos após a queda de um balão, mas alegaram apenas tê-lo seguido e foram liberados pela polícia. Eles haviam sido acusados de associação criminosa e crime ambiental por participarem de atividades que envolviam balões e fogos de artifício, prática considerada crime por risco de incêndio em matas e áreas urbanas.

Decisão judicial sobre antiga investigação

Em 2015, a Justiça absolveu Adir e os demais envolvidos. O entendimento foi de que não ficaram comprovados os fatos narrados na denúncia sobre a prática de soltar balões. No Brasil, soltar balões é crime ambiental e pode acarretar de um a três anos de detenção, além de multa.


A informação de que Adir residia na casa atingida foi confirmada à reportagem tanto pela polícia quanto pela advogada do irmão dele.

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