Companhias aéreas afirmam redução nos preços das passagens, contrariando dados do IPCA

Associação das empresas aéreas contesta dados da inflação oficial e apresenta números divergentes sobre tarifas

Por Plox

14/12/2023 08h12 - Atualizado há mais de 1 ano

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), representando companhias como Gol, Latam e Azul, rebateu os dados da inflação oficial do país, que indicam um aumento significativo nos preços das passagens aéreas em 2023. Em contrapartida, a ABEAR afirma que as tarifas estão mais acessíveis este ano, desafiando as estatísticas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).

 

Discrepância nos Dados de Preços de Passagens

De acordo com o IPCA, houve um aumento de 35,24% no custo das passagens de avião no acumulado deste ano, incluindo uma elevação de 23,7% em outubro. Esses números contrastam com a posição da ABEAR, que argumenta que as tarifas médias domésticas de 2023 (janeiro a setembro) estão 8,5% mais baixas em comparação com 2022, conforme relatório da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

 

Análise Econômica e Impacto Pós-Pandemia

A economista Carla Beni, professora da Fundação Getúlio Vargas, oferece uma visão alternativa, atribuindo os preços elevados à alta demanda pós-pandemia. Segundo ela, "Como há muita demanda por passagens, por que as companhias aéreas vão reduzir os preços? As pessoas voltaram a viajar, os congressos estão extremamente ativos". Este cenário sugere que, apesar dos relatórios da ABEAR, os consumidores ainda enfrentam preços elevados

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Resposta da ABEAR e Perspectiva Internacional

A ABEAR, em sua defesa, alega que os dados do IPCA não representam adequadamente a realidade das tarifas aéreas, preferindo basear-se nos números da ANAC. A associação também destaca que os preços das passagens aéreas seguem tendências globais, citando estudos internacionais que indicam aumentos semelhantes em outros países.

Em resumo, enquanto a ABEAR apresenta uma perspectiva otimista sobre a redução de preços das passagens aéreas em 2023, dados oficiais do IPCA e análises de especialistas sugerem um cenário mais complexo e possivelmente menos favorável aos consumidores brasileiros.

 

 


 

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