Mercado de celulares piratas no Brasil causa prejuízo bilionário e afeta diversos setores

Aumento do comércio de aparelhos ilegais prejudica indústria e varejo, segundo estudo do Instituto Ipec e Fórum Nacional contra a Pirataria

Por Plox

14/12/2023 07h19 - Atualizado há 10 meses

A venda de celulares pirateados no Brasil, um fenômeno crescente tanto em lojas físicas quanto em plataformas online, está causando um prejuízo bilionário para o país. Segundo dados do Instituto Ipec e do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade, no último ano, o Brasil registrou perdas de R$ 410 bilhões, impactando 14 setores industriais. Essas perdas incluem custos com matéria-prima, empregos diretos e indiretos, vendas no atacado e varejo, além de impostos. Os setores mais afetados são os eletroeletrônicos, bebidas alcoólicas, combustíveis, cosméticos e higiene pessoal.

Marcelo Casal Agência Brasil

Pirataria e Competição Desleal Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), aponta que os produtos pirateados competem de forma desleal com a indústria legítima, ofertando aparelhos de qualidade duvidosa e prejudicando as marcas originais. Ele destaca que a noção de produtos chineses como sinônimo de falsificação é um estereótipo ultrapassado, enfatizando que o consumidor chinês atualmente rejeita esses produtos falsificados.

Marcelo de Souza e Silva, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), observa que, apesar da qualidade inferior, os celulares falsificados continuam sendo um dos produtos mais vendidos na cidade.

Ações de Fiscalização A Receita Federal tem intensificado a fiscalização, apreendendo mais de 12 milhões de aparelhos eletrônicos ilegais em Minas Gerais somente em 2023. Joyce Frade Machado, superintendente adjunta da Receita no estado, explica que essa atividade ilícita impacta negativamente os cofres públicos, gerando falta de arrecadação e envolvendo esquemas fraudulentos.

Impacto no Comércio Legítimo Deivison Lopes, gerente de uma loja de celulares, expressa a preocupação com a preferência dos consumidores por aparelhos pirateados, aconselhando a compra em lojas autorizadas para evitar riscos à saúde e outros problemas.

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