Procuradoria Eleitoral do Paraná emite parecer favorável à cassação de Sergio Moro

O parecer conclui com a recomendação de inelegibilidade tanto de Moro quanto de seu suplente, Luís Felipe Cunha, que teve participação ativa na pré-campanha

Por Plox

14/12/2023 23h45 - Atualizado há mais de 1 ano

A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná divulgou, nesta quinta-feira (14), um parecer favorável à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil) e à sua inelegibilidade. A decisão, que surge após investigações, aponta para a prática de abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022.

 

Agência Senado

O parecer detalha que, apesar de descartar as acusações de caixa dois e uso indevido de meios de comunicação social, os procuradores Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado identificaram um gasto excessivo na pré-campanha de Moro, totalizando cerca de R$ 2 milhões. Esse valor, financiado conjuntamente pelo Podemos e União Brasil, excedeu em 110% a média dos investimentos de outros candidatos ao Senado no Paraná.

Os procuradores destacaram a desproporção dos gastos, enfatizando que "os meios empregados para a realização de pré-campanha e os valores despendidos nesta empreitada em prol dos investigados mostrou-se, de fato, desarrazoada". Eles também analisaram a mudança de Moro da corrida presidencial para o Senado, considerando o alto investimento para promoção pessoal uma prática abusiva que afetou a igualdade entre os candidatos.

O parecer conclui com a recomendação de inelegibilidade tanto de Moro quanto de seu suplente, Luís Felipe Cunha, que teve participação ativa na pré-campanha. Em contrapartida, o advogado de Moro, Gustavo Guedes, manifestou respeito, mas discordância com o parecer, alegando que os gastos considerados excedentes não se relacionavam diretamente com a campanha eleitoral.

Por outro lado, Luiz Eduardo Peccinin, advogado representando o PT, expressou confiança na Justiça Eleitoral do Paraná para manter sua postura rigorosa contra o abuso de poder e ratificar a cassação e inelegibilidade de Moro.

O caso agora segue para julgamento pelo desembargador relator em janeiro, abrindo a possibilidade de novas eleições para o Senado no Paraná, caso a cassação de Moro seja confirmada.

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