MP denuncia compra de votos em eleições de Miraí e Rosário da Limeira, na Zona da Mata de Minas Gerais

Prefeitos eleitos teriam oferecido materiais de construção e dinheiro a eleitores; MPMG pede cassação de diplomas e quebra de sigilo bancário dos acusados

Por Plox

14/12/2024 09h04 - Atualizado há cerca de 12 horas

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) moveu duas ações de investigação judicial eleitoral (AIJE) contra candidatos eleitos para as prefeituras de Miraí e Rosário da Limeira, cidades da Zona da Mata mineira. De acordo com o órgão, ambos os casos envolvem denúncias de compra de votos, o que teria influenciado diretamente no resultado das eleições municipais.

Em Miraí, o prefeito reeleito Adaelson Magalhães (Republicanos) e sua vice, Dra. Marcia (PSDB), são alvos de uma das ações. Segundo a denúncia, os candidatos teriam oferecido material de construção a uma eleitora em troca do voto dela e de seus familiares. Além disso, o MPMG aponta que um candidato a vereador e sua esposa, que atualmente ocupa um cargo de confiança na administração municipal, teriam intimidado a eleitora para que ela alterasse depoimentos prestados ao Ministério Público.

No caso de Rosário da Limeira, o prefeito eleito Cristovam (PDT) e seu vice, Dalberto (PT), também estão sendo investigados. Conforme o MPMG, eles teriam prometido dinheiro a eleitores, com o apoio de familiares, em troca de votos.

As ações destacam que as práticas irregulares tiveram impacto direto no resultado final das eleições. Em Miraí, a diferença entre o vencedor e o segundo colocado foi de apenas nove votos. Já em Rosário da Limeira, a margem foi ainda menor: apenas um voto separou o candidato eleito de seu concorrente. Segundo o MPMG, isso demonstra que os votos obtidos de forma ilícita poderiam ter alterado o desfecho do pleito.

Diante das acusações, o Ministério Público pede a suspensão ou impedimento cautelar da diplomação dos candidatos. Além disso, requer a quebra do sigilo bancário dos investigados, o reconhecimento da prática de abuso de poder econômico e a consequente cassação dos diplomas e inelegibilidade dos envolvidos.

Destaques