Política

PT adia decisão sobre candidatura própria em Minas e observa cenário com Rodrigo Pacheco

Diretório estadual se reúne em Belo Horizonte, projeta estratégia para 2026, testa nomes como Marília Campos e Reginaldo Lopes e avalia foco em chapa ao Senado em meio a incertezas sobre futuro político de Pacheco

14/12/2025 às 07:55 por Redação Plox

O encontro do diretório estadual do PT em Minas Gerais, realizado neste sábado (13) em um hotel de Belo Horizonte, terminou sem definição de nomes para a disputa ao governo do estado em 2026. Reunida pela primeira vez desde a posse da nova direção, a sigla concentrou as discussões na estratégia para as próximas eleições, mas evitou bater o martelo sobre candidaturas.

De acordo com informações apuradas pela Itatiaia, a decisão sobre lançar ou não uma candidatura própria ao governo mineiro só deve ser tomada no próximo ano. Integrantes do partido ouvidos pela reportagem afirmam que o diretório estadual ainda aguarda sinalizações da Executiva Nacional antes de avançar nas definições em Minas.

Além do Palácio Tiradentes, também esteve em pauta a chapa para o Senado. A prefeita de Contagem, Marília Campos, participou da reunião e voltou a se colocar à disposição da legenda para concorrer à vaga em 2026.

As definições irão ficar o próximo ano.

As definições irão ficar o próximo ano.

Foto: Lula Marques | PT Nacional.


PT mantém opção por candidatura própria em aberto

A presidente do PT-MG e deputada estadual Leninha destacou que o partido dispõe de “nomes fortes” para a disputa eleitoral. Entre eles, citou Marília Campos e o deputado federal Reginaldo Lopes, que aparecem como alternativas para compor as chapas majoritárias em 2026.

Segundo Leninha, o encontro serviu para avaliar a conjuntura política em Minas e no país, bem como as possibilidades de o partido ampliar sua bancada e contribuir para a reeleição do presidente Lula. Ela afirmou que, no caso do governo estadual, existem outros nomes em estudo e que ainda não há uma decisão fechada, mas mencionou a realização de pesquisas internas para orientar a construção de “caminhos para uma candidatura própria”.

Pacheco segue como favorito de Lula, mas futuro é incerto

Mesmo com o movimento interno do PT mineiro em torno de uma candidatura própria, o senador Rodrigo Pacheco (PSD) continua sendo o nome favorito do presidente Lula para a disputa ao governo de Minas. Em sua última visita ao estado, o petista declarou, em entrevista à TV Alterosa, que ainda tinha “esperança” de ver Pacheco concorrendo ao Palácio Tiradentes.

Em nota, o senador respondeu que mantém uma “excelente relação” com o presidente e que sempre estará aberto ao diálogo “para chegarmos a um bom termo sobre essa questão política”. Apesar disso, Pacheco tem sinalizado que pode encerrar a carreira política ao fim de seu mandato no Senado, em 2026, o que torna seu futuro eleitoral incerto.

Presença constante em eventos oficiais de Lula em Minas, o senador não participou da agenda do presidente na última quinta-feira (11), em Itabira, na região Central do estado, nem em Belo Horizonte, na Região Metropolitana. A assessoria justificou a ausência pela necessidade de acompanhar os trabalhos no plenário do Senado.

Divisão interna sobre insistir ou não em chapa própria

Apesar de o encontro deste sábado não ter produzido decisões concretas sobre 2026, o debate interno segue intenso. Sem a confirmação de uma candidatura de Rodrigo Pacheco e diante da ausência de um nome de grande alcance já disposto a entrar na disputa, parte dos dirigentes do PT em Minas avalia que o partido não deveria insistir em um projeto próprio para o governo estadual.

Nesse cenário, conforme apurado pela Itatiaia, uma ala da legenda defende concentrar esforços na formação de uma chapa competitiva para o Senado e na ampliação da representação petista no Congresso Nacional. Hoje, o partido tem nove senadores em exercício, nenhum deles eleito por Minas Gerais.

Marília Campos lidera corrida ao Senado em Minas

Presente à reunião, Marília Campos reiterou que está à disposição da sigla para disputar o Senado em 2026. A prefeita aparece em posição de destaque nas pesquisas de intenção de voto mais recentes.

Levantamento do instituto Real Time Big Data, divulgado na última quarta-feira (10), aponta Marília na liderança da corrida ao Senado em Minas, com 17% das preferências. Ela fica à frente de nomes como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), o senador Carlos Viana (Podemos) e o secretário de Governo de Romeu Zema (Novo), Marcelo Aro (Progressistas), todos citados como possíveis candidatos na disputa pela vaga mineira na Casa.

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