Ministério da Agricultura encontra substâncias tóxicas na água de cervejaria em MG

Duas pessoas morreram e outra morte tem a relação com o caso investigado

Por Plox

15/01/2020 18h51 - Atualizado há quase 5 anos

As substâncias tóxicas monoetilenoglicol e dietilenoglicol foram encontradas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na água que é utilizada pela cervejaria Backer na produção de cervejas. 
 
O achado realizado pelos profissionais do Mapa que estão realizando, desde a última quinta-feira (9), uma auditoria na cervejaria, aumenta as suspeitas sobre os demais rótulos produzidos pela cervejaria também terem a possibilidade de estarem contaminados.

belo Foto: Divulgação/Backer


 
A cervejaria é responsável pela produção da cerveja Belorizontina (ou Capixaba, no Espírito Santo), responsável por ao menos 18 casos da síndrome nefroneural que é causada pela ingestão da bebida contaminada pela substância dietilenoglicol, altamente prejudicial à saúde humana. Duas pessoas já morreram após ingerirem a bebida contaminada e outra morte é investigada.
 
Cada dia novos casos são descobertos onde pessoas sentiram os graves sintomas atrelados à síndrome após a ingestão da bebida. Entre os sintomas destacam-se náuseas, vômitos, insuficiência renal grave de rápida evolução e alterações neurais centrais e periféricas. 
 
Inicialmente os investigadores encontraram um tanque contaminado na cervejaria, o qual foi lacrado. Hoje foi anunciado que mais de um dos tanques utilizados na produção, dos 70 que existem na cervejaria, estaria contaminado. 
 
Com isso, a hipótese de que a contaminação fosse restrita à um ou poucos lotes da produção pode ser descartada e o problema pode ser ainda maior do que o imaginado anteriormente. 
 
Até o momento, o Mapa já identificou sete lotes da cerveja Belorizontina contaminados, um deles com o rótulo Capixaba. Os lotes contaminados identificados são:
 
Belorizontina:
L2 1354, L2 1348, L2 1197, L2 1604, L2 1455 e L2 1464
 
Capixaba:
L2 1348

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