Vereador de Ipatinga é conduzido pela polícia durante cumprimento de mandados na Câmara

As investigações são sobre os crimes de associação criminosa, organização criminosa e crimes contra administração pública, diz o GAECO em nota

Por Plox

15/02/2019 17h14 - Atualizado há cerca de 5 anos

Durante Operação Policial na Câmara Municipal de Ipatinga, onde mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos gabinetes de quatro vereadores, um deles foi conduzido pela Polícia Civil.

Segundo nota divulgada pela CMI, as diligências foram realizadas nos gabinetes dos vereadores Luiz Márcio Rocha Martins, Paulo César dos Reis, Rogério Antônio Bento e Wanderson Silva Gandra. Durante a operação, o vereador Luiz Márcio Rocha Martins foi conduzido pelas autoridades policiais.  

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O prédio do legislativo foi temporariamente fechado durante o cumprimento dos mandados. A decisão foi tomada devido ao grande número de curiosos que se aglomeraram no interior do prédio, atrapalhando o trabalho dos policiais.

Por fim, segundo a nota, a Câmara de Ipatinga reforçou “o comprometimento do Poder Legislativo Municipal com a busca da verdade. Desde início das investigações, tem colaborado com as autoridades no sentido de garantir total transparência e isenção da instituição perante os fatos”, finalizou.

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Nota do GAECO

Segundo esclarecimento feito pelo Delegado Gilmaro Alves, representante da Polícia Civil no GAECO, “a investigação teve como finalidade de apurar notícia crime sobre a associação criminosa, organização criminosa e crimes contra administração pública, no bojo do qual se colheram os elementos informativos iniciais acerca das condutas investigadas. As investigações dão conta que alguns vereadores da cidade de Ipatinga contratavam pessoas com a finalidade de recolherem parte dos salários. As fraudes consistiam principalmente em três metodologias, a primeira, no recebimento e entrega de valores em espécie ao representante do legislativo, segunda na retenção do cartão bancário com o repasse de ínfimo valor ao funcionário (que na verdade também não prestava serviço à Câmara Municipal de Ipatinga/ funcionário fantasma), com a subsequente manipulação na folha de ponto, enquanto que a terceira, o vereador determinava a realização de empréstimos bancários por parte de servidores com o saque e transferência para contas de interpostas pessoas (laranjas) visando maquiar o real destino dos valores. Durante as diligências policiais efetivaram a prisão de um dos investigados”, afirmou.
 
 
 

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