Defesa de empresário que afirma ser filho de Gugu contesta exame de DNA e pede nova análise

Advogados avaliam possibilidade de reabertura do processo e discutem impacto na divisão da herança do apresentador.

Por Plox

15/02/2025 10h56 - Atualizado há 25 dias

A batalha judicial de Ricardo Rocha, empresário do ramo automotivo que busca o reconhecimento da paternidade de Gugu Liberato (1959-2019), teve um novo desdobramento. A defesa de Rocha contesta o exame de DNA realizado em dezembro de 2024, que teve resultado negativo, e levanta a hipótese de que o apresentador não seria filho biológico de sua mãe, Maria do Céu. O teste foi feito com base em amostras de DNA da mãe de Gugu, indicando que Rocha não tem vínculo biológico com o comunicador.

Reprodução/ Instagram e Record /

Possibilidade de reabertura do processo

Em entrevista ao site Splash, do UOL, o advogado Eduardo Maciel – que não representa Ricardo Rocha – explicou que a reabertura de um processo de paternidade, após um exame de DNA já realizado, depende da apresentação de novas evidências ainda não analisadas. No entanto, ele destacou que o juiz pode flexibilizar essa exigência se considerar que o caso envolve um "direito de família de grande relevância para a dignidade da pessoa humana".

Maciel também apontou que o reconhecimento da paternidade poderia impactar a divisão da herança do apresentador. “Qualquer alteração de parentesco pode levar ao reposicionamento da herança. Caso o juiz aceite a argumentação da defesa de Ricardo Rocha para reanálise da questão, é provável que haja um novo teste de DNA”, afirmou.

Contestação do exame e possibilidade de exumação

Para questionar o resultado do exame anterior, a defesa de Rocha apresentou um teste de "similaridade genética" entre o empresário e familiares de Gugu. Segundo Eduardo Maciel, essa argumentação pode ter peso no processo, mas não é suficiente para garantir a revisão do caso. "Acredito que não seja determinante para uma reabertura, a não ser que surja uma prova mais robusta, como um novo exame de DNA que possa contestar o resultado anterior", explicou o advogado.

A tese de que Gugu não seria filho biológico de Maria do Céu levanta a possibilidade de exumação do corpo do apresentador para coleta de material genético. No entanto, Maciel avalia que essa seria uma medida extrema e que, inicialmente, a exumação só ocorreria caso os filhos biológicos do comunicador se recusassem a fornecer material genético para a análise.

A advogada Fernanda Zucare, especialista em direito de família, também consultada pelo Splash, afirmou que a exumação pode ser um recurso útil, mas não necessariamente definitivo. "Nem sempre a exumação esclarecerá completamente a situação, pois isso depende do material coletado e de sua qualidade, mas pode ajudar", pontuou.

Posição das partes envolvidas

Procurada pelo site de notícias, a defesa de Ricardo Rocha informou que o processo corre sob segredo de justiça e, por isso, não fará comentários. Até o momento, os representantes da família de Gugu Liberato não se manifestaram.

Entenda o caso

Ricardo Rocha entrou na Justiça em 2023 para realizar um exame de DNA que confirmasse sua suposta paternidade. O teste, baseado em amostras do DNA da mãe do apresentador, apontou que ele não é filho biológico de Gugu.

A defesa do empresário argumenta que os filhos do comunicador – João, Marina e Sofia – foram concebidos por meio de fertilização in vitro, o que, segundo eles, poderia justificar a ausência de material genético em comum com Rocha. Agora, com a contestação do exame e novas alegações, a disputa judicial ganha um novo capítulo.

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