O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), está atento à iminente divulgação de um relatório que avalia sua atuação. O documento vem sendo produzido a partir de um levantamento realizado pelo relator especial para a liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Pedro Vaca, durante sua recente visita ao Brasil.

Fatores que geram preocupação

Além das denúncias colhidas contra Moraes pelo representante da Organização dos Estados Americanos (OEA), há um fator adicional que pode agravar sua situação. O principal financiador da OEA é o governo dos Estados Unidos, atualmente sob a liderança de Donald Trump.

Outro ponto relevante é que duas figuras impactadas por decisões de Moraes, o empresário Elon Musk e o estrategista Jason Miller, fazem parte da administração norte-americana. Essa conexão pode influenciar a postura da OEA ao elaborar o relatório.

Influência dos EUA na OEA

Conhecido por sua postura firme, Trump já reduziu expressivamente os valores destinados pelos EUA a organizações não governamentais e à Usaid, agência que financia projetos internacionais. Diante disso, a OEA, que depende significativamente desses repasses, acompanha atentamente as movimentações do governo norte-americano.

A expectativa é que o relatório reflita com precisão o cenário brasileiro, especialmente considerando que os EUA devem destinar neste ano cerca de 52 milhões de dólares (aproximadamente R$ 297 milhões) à OEA. Esse montante representa metade das receitas da organização, composta por 34 países.

Impressões iniciais de Pedro Vaca

As primeiras percepções do relator especial da CIDH sobre as acusações contra Moraes foram reveladas ao portal Metrópoles. Segundo ele, o conteúdo dos relatos apresentados é marcante e será analisado com atenção.

– O tom dos relatórios é realmente impressionante. Temos que analisar isso com calma. Eles [STF] divulgaram um comunicado de imprensa sobre o encontro. Essa é a voz deles. Teremos a nossa mais tarde – declarou Vaca.