Delegada de mulheres Ana Paula Passagli em entrevista

Celebrando o Mês da Mulher, Plox realiza rodada de entrevistas diárias, sempre às 19h, ao vivo, com mulheres que se destacam

Por Plox

15/03/2023 18h19 - Atualizado há cerca de 2 anos

A delegada Ana Paula Passagli, responsável pela delegacia especializada de crimes contra a Mulher, Idosos, Crianças e Adolescentes, em Ipatinga, é a entrevistada desta quarta-feira (15), às 19h, no rol das comemorações do Mês da Mulher. Ana Paula é delegada de Polícia Civil há 25 anos.

 

 

Neste mês, a Plox dá visibilidade às mulheres que se destacam no Vale do Aço e que contribuem com a sociedade de diversas formas: história de vida, talento, produção e transmissão de conhecimento, gestão, investigação, fiscalização e cumprimento de leis, empreendedorismo, promoção da cultura, do esporte e das artes. A rodada de entrevistas é de segunda a sexta-feira, às 19h, ao vivo.

Ana Paula é formada em Direito pela Faculdade Milton Campos, em BH, e pós-graduada em Gestão Pública. Tomou posse como delegada em 1998. Já foi delegada em Itabira, Guanhães e Caratinga. Ela destaca que na Polícia Civil “nós, mulheres, somos todas um caminho para a transformação. Uma mulher deve ter voz . Uma mulher deve ser livre para trabalhar , estudar , se divertir, fazer suas escolhas . Uma mulher deve se sentir segura todos os dias”.

Biografia
Ana Paula Passagli da Cruz nasceu em São Paulo/SP. No começo da década de 1970, a família se mudou para Minas Gerais, primeiro para Timóteo e depois para Belo Horizonte. Ana Paula conta que a princípio pensou em ser dentista, mas depois resolveu fazer faculdade de Direito, pelo leque de opções que teria na vida profissional. “Já na faculdade me apaixonei pelo Direito Penal, concluindo o curso com ênfase no Direito Penal, bem como tendo feito a prova da OAB na área criminal. Na faculdade fui aluna do Dr Cid Nelson Safe Silveira, delegado de polícia já aposentado, que me incentivou a fazer o concurso para Polícia Civil”, revela. Ao terminar a faculdade, prestou concurso para a Polícia Civil de Minas Gerais.

Ana Paula tomou posse como delegada em 25 de março de 1998, no dia do seu aniversário, e foi designada para Itabira/MG. “Lá fui acolhida pela família Polícia Civil, tendo como meu primeiro chefe Dr Robson Matos Esteves, o qual me fez vibrar pela polícia. Muito operacional, nosso chefe levava a delegacia em peso para as operações. E o senso de Justiça, fazendo investigações para elucidar crimes, apurando a autoria e a materialidade para servir de subsídios para a Justiça julgar autores de delitos, me guia nessa longa caminhada, relembra.

A cada dois dias uma mulher morre vítima de violência doméstica em Minas
Em Minas Gerais, a cada dois dias uma mulher morre vítima de violência doméstica. Em 50% dos casos, as mortes foram causadas por facas, tesouras ou canivetes. São crimes cometidos por maridos, namorados, ex-companheiros, entre outros. A partir desses números, uma campanha lançada pelo Governo de Minas nesta quinta-feira (25/1) convoca a população a “botar tudo em pratos limpos” e reforça que “em briga de marido e mulher” se mete a colher sim. As peças publicitárias estão sendo exibidas em emissoras de rádios e TVs e nas redes sociais.
Em todo o Brasil, somente em 2021, 3.878 mulheres foram vítimas de homicídio. Os casos registrados como feminicídio, que é quando a vítima é assassinada pelo fato de ser mulher, chegaram a 1.341, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

De acordo com um relatório da Polícia Civil de Minas Gerais, 155 mulheres foram vítimas de feminicídio naquele ano. Em 2022, foram 163, além de outras 195 tentativas de feminicídio.

Para coibir a violência contra a mulher, impedir que essas mortes ocorram e garantir que os agressores sejam presos, a campanha do Governo de Minas reforça que é possível denunciar pelo telefone 181. O Disque Denúncia é coordenado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e completou 15 anos em 2022.

Nesse período, mais de 1 milhão de denúncias foram apuradas pela Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar. Mais de 263 mil criminosos foram presos e apreendidos. O canal garante o anonimato e sigilo da pessoa que faz a denúncia e garante a participação da sociedade no combate à criminalidade.

Canais de ajuda

Em situações de emergência, as denúncias também podem ser feitas pelos telefones 190 (Polícia Militar) e 197 (Polícia Civil).

Na página da Delegacia Virtual é possível registrar ocorrências de ameaça, lesão corporal, agressão e descumprimento de medida protetiva.

As vítimas também podem utilizar o aplicativo MG Mulher, disponível gratuitamente para Android ou iOs, que conta com endereços e telefones de delegacias, unidades policiais e instituições de ajuda mais próximas, vídeos, áudios e textos para orientar as vítimas, além da possibilidade de criar uma rede de contato com pessoas de confiança que podem ser acionadas em uma emergência com um só clique.
 

Entrevistadas da semana:
Segunda-feira, 13: Penélope Portugal - diretora executiva do Instituto Usiminas
Terça-feira, 14: Naia Moreira - empresária do segmento de moda íntima e produtos sensuais
Quarta-feira, 15: Ana Paula Passagli - delegada de Mulheres, em Ipatinga
Quinta-feira, 16: dra Márcia Alvernaz - ginecologista, especialista em saúde integrativa e  sócia na Integrative Núcleo Brasil de Saúde Integrativa e Funcional
 

Destaques