A Importância do Beijo de língua em relacionamentos longos: Uma perspectiva renovada

Especialistas enfatizam a necessidade de manter viva a prática do beijo para fortalecer laços afetivos e sexuais entre casais

Por Plox

15/03/2024 08h36 - Atualizado há cerca de 1 ano

Em uma revelação à edição brasileira da revista "Marie Claire", Adriane Galisteu, modelo e apresentadora de 50 anos, compartilha a experiência pessoal de superação de desafios em seu casamento com Alexandre Iodice, enfatizando a importância do diálogo sobre sexualidade e a retomada do beijo de língua como elemento revitalizador da relação. Galisteu destaca que, apesar das dificuldades enfrentadas pelo casal, inclusive questões hormonais relacionadas à menopausa e andropausa, nunca deixaram de conversar sobre sexo, evidenciando o beijo de língua como um aspecto crucial na manutenção da intimidade.

Foto: Pixabay/Reprodução

Renata Lanza, psicóloga e sexóloga, corrobora a perspectiva de Galisteu ao observar que muitos casais em terapia relatam a diminuição da prática de se beijarem com o tempo, associando o beijo exclusivamente ao ato sexual. Lanza alerta para o risco dessa associação, que pode levar ao afastamento do casal e à perda de intimidade, recomendando a busca por ajuda especializada para enfrentar essas barreiras.

Além de ser um gesto de afeto e desejo, o beijo traz benefícios físicos e emocionais, como o aumento da liberação de hormônios que promovem bem-estar e a melhoria da circulação sanguínea. Lanza destaca a importância de reintegrar o beijo no cotidiano do casal como forma de fortalecer a conexão e cumplicidade, mencionando também o aspecto cultural que valoriza mais a prática do beijo entre latinos.

Sobre a origem do beijo, a controvérsia permanece, com evidências sugerindo que a prática pode ser mais antiga do que se supunha. Um estudo destacado pela BBC apresenta descobertas na antiga Mesopotâmia que antecipam as primeiras evidências do beijo na boca, refutando a teoria de que teria se originado na Índia por volta de 1500 a.C. Pesquisadores como Sophie Lund Rasmussen e Troels Pank Arbøll propõem que o beijo romântico-sexual possui múltiplas origens, destacando sua função na avaliação da compatibilidade do parceiro e na promoção do vínculo afetivo e sexual.

Este conjunto de perspectivas reitera a relevância do beijo de língua não apenas como um ato de intimidade, mas como um elemento fundamental na manutenção da saúde emocional e física do relacionamento, transcendendo as barreiras culturais e históricas.

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