Adeus a Clarinha: 24 anos de internação sem visita familiar

Na noite de quinta-feira, em Vitória, Espírito Santo, uma triste notícia marcou o Hospital da Polícia Militar (HPM): o falecimento de uma paciente identificada apenas como Clarinha, que permaneceu internada em estado vegetativo por 24 anos sem receber qualquer visita de familiares ou conhecidos. A sua estadia prolongada no hospital e a ausência de visitas chamaram atenção para a sua história de vida, repleta de mistérios e tragédias.

Clarinha, cuja identidade real permanece desconhecida, foi vítima de atropelamento em 12 de junho de 2000, nas proximidades do centro de Vitória. O acidente, envolto em mistério devido à falta de informações sobre o local exato e o veículo envolvido, a deixou desacordada e sem documentos, o que dificultou sua identificação e contato com possíveis familiares. Socorrida imediatamente por uma ambulância, foi encaminhada ao HPM, onde foi diagnosticada com estado vegetativo.

Eduardo Teixeira, relatando o caso, menciona que o óbito ocorreu devido a uma broncoaspiração, um evento no qual alimentos ou saliva são aspirados para as vias respiratórias, complicando o quadro clínico da paciente que já se encontrava vulnerável.

O futuro do corpo de Clarinha é incerto. Devido à ausência de documentos e registros familiares, existe a possibilidade de que seja enterrada como indigente, após os procedimentos legais realizados pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO).