Corpo de bebê Ana Beatriz é achado enterrado no quintal; mãe deu cinco versões sobre o caso
Polícia encontrou o corpo enrolado em saco plástico dentro de pote com sabão; bebê estava desaparecida desde sexta-feira (11)
Por Plox
15/04/2025 15h48 - Atualizado há 8 dias
A Polícia Civil de Alagoas encontrou nesta terça-feira (15) o corpo da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, de apenas 15 dias, enterrado no quintal da casa da mãe, em Novo Lino. O caso, que ganhou repercussão desde a última sexta-feira (11), passou a ser investigado após a mãe, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, apresentar cinco versões contraditórias sobre o desaparecimento da filha.
Segundo informações divulgadas pelo portal G1, o corpo da bebê foi localizado enrolado em um saco plástico, dentro de um pote de sabão em pó, escondido no armário da casa. A revelação do paradeiro partiu do próprio advogado de Eduarda, que comunicou à polícia o local onde o corpo estava. Quando os agentes chegaram à residência, Eduarda passou mal e precisou ser socorrida por uma ambulância ao hospital da região.
As investigações continuam, e a Polícia Civil ainda não confirmou se a criança morreu de forma natural ou se foi vítima de homicídio. Exames periciais deverão esclarecer a causa da morte.

Durante os depoimentos à polícia, Eduarda mudou diversas vezes o relato. Na primeira versão, contou que quatro pessoas — três homens e uma mulher — estavam em um carro que teria parado em um trecho da BR-101, no povoado de Euzébio, e dois dos ocupantes teriam descido do veículo, tomado a criança dos seus braços e seguido em direção a Pernambuco.
Em outra versão, disse que o sequestro foi cometido por dois homens encapuzados, que teriam invadido sua casa durante a madrugada de sexta-feira, abusado sexualmente dela e levado a criança. A Polícia, no entanto, apontou inconsistências e falta de testemunhas que confirmassem os relatos, além de vizinhos que afirmaram não ter ouvido qualquer movimentação ou gritos naquela noite.

Equipes da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) atuavam nas buscas desde o dia do desaparecimento, e contaram com apoio do Corpo de Bombeiros, que chegou a disponibilizar um cão farejador para auxiliar nas buscas. A situação comoveu moradores da região, que chegaram a se aglomerar em frente à casa da mãe após a notícia da localização do corpo.
A polícia segue apurando o caso, que agora passa a ser tratado como possível homicídio, aguardando os laudos do Instituto Médico Legal (IML) para determinar com precisão a causa da morte da bebê Ana Beatriz.