Governo Trump avalia possível sanção contra Alexandre de Moraes

Quatro setores do alto escalão norte-americano vão emitir pareceres antes da decisão final do presidente

Por Plox

15/04/2025 11h02 - Atualizado há 12 dias

O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, iniciou uma análise sobre a possibilidade de aplicar sanções ao ministro Alexandre de Moraes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida, de cunho diplomático e com potencial impacto nas relações entre os dois países, dependerá da avaliação de quatro setores estratégicos da administração norte-americana.


Imagem Foto: STF


A iniciativa surgiu após críticas públicas feitas por Jason Miller, ex-conselheiro de Trump, que classificou Moraes como “a maior ameaça à democracia no hemisfério ocidental”. Essa declaração provocou uma reação imediata dentro do governo americano, levando ao início de um processo formal de avaliação sobre a conduta do ministro brasileiro.



O Departamento de Estado, comandado por Marco Rubio, será o primeiro a se manifestar. Rubio, que já criticou no passado o bloqueio da rede social X (antigo Twitter) determinado por Moraes, considerou tal decisão uma tentativa de enfraquecer as liberdades fundamentais no Brasil. Além do Departamento de Estado, o Conselho de Segurança Nacional, atualmente sob responsabilidade do coronel Mike Waltz, também deverá apresentar um parecer. Waltz é conhecido por seu posicionamento rígido em relação a países próximos da China, como é o caso do Brasil sob o atual governo.



Outras duas instituições envolvidas são o Departamento do Tesouro, acionado devido à possibilidade de aplicação de bloqueios financeiros como forma de sanção, e o Conselho da Casa Branca, encarregado de fornecer respaldo jurídico à presidência norte-americana. Somente após a manifestação desses quatro órgãos é que Donald Trump tomará uma decisão final sobre a imposição ou não de sanções ao ministro do STF.



Segundo o colunista Paulo Cappelli, do site Metrópoles, o governo norte-americano chegou a consultar recentemente o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo, buscando informações mais detalhadas sobre o histórico e as ações de Moraes.
“Maior ameaça à democracia no hemisfério ocidental”, afirmou Jason Miller sobre Alexandre de Moraes

. A movimentação evidencia o grau de atenção que o tema passou a receber no cenário internacional, especialmente no contexto das relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos.
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