Médico do HMC explica como doação de órgãos pode salvar até 8 vidas no Brasil
Hospital Márcio Cunha se destaca na captação de órgãos com abordagem humanizada e estrutura especializada para garantir segurança e eficácia no processo
Por Plox
15/04/2025 16h58 - Atualizado há 24 dias
A doação de órgãos é um ato de solidariedade capaz de transformar realidades e salvar vidas. De acordo com o médico intensivista Dr. Emerson Moura, coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Captação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Márcio Cunha (HMC), um único doador falecido pode beneficiar até oito pessoas com a doação de órgãos como coração, pulmões, rins, fígado e pâncreas, além de tecidos como córneas, pele e ossos.
Em casos de doadores vivos, é possível doar um rim, parte do fígado ou do pulmão em situações específicas. Também há a possibilidade de doação de medula óssea, essencial no tratamento de diversas doenças. Dr. Emerson destaca que a conversa com os familiares sobre o desejo de ser doador é fundamental. \"Doar órgãos é doar vida. Converse com sua família e contribua para salvar vidas\", afirma.
Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), até o terceiro trimestre de 2024, o Brasil registrou 6.168 doações de órgãos de pacientes falecidos e 12.819 transplantes de córnea. O processo é regulamentado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que gerencia uma fila única com base em critérios técnicos como gravidade e compatibilidade.

Dr. Emerson reforça que muitos mitos ainda cercam o tema e dificultam o processo de decisão. Um dos principais é o medo de desfiguração do corpo do doador, o que é falso. \"O procedimento é realizado com extremo cuidado e não causa deformações\", explica. A idade também não é impeditivo para doar — tecidos como córneas podem ser aproveitados mesmo em doadores mais velhos.
O Hospital Márcio Cunha é referência em captação de órgãos, com equipe capacitada e estrutura apropriada para diagnóstico de morte encefálica e procedimentos de retirada dos órgãos. Além disso, o HMC adota uma abordagem humanizada, com apoio psicológico às famílias durante todo o processo.
O processo de captação começa com o diagnóstico da morte encefálica, realizado por equipe médica especializada. Com o consentimento da família, os órgãos passam por avaliação rigorosa e, sendo compatíveis, são retirados em centro cirúrgico e transportados com segurança até os hospitais receptores. \"Todo o processo é conduzido com responsabilidade, seguindo normas técnicas para garantir a segurança de doadores e receptores\", afirma Dr. Emerson Moura.
A equipe que realiza o transplante também acompanha o paciente após a cirurgia, garantindo o sucesso do procedimento. \"Conscientizar, dialogar e se informar são passos fundamentais para ampliar esse gesto de amor que salva vidas todos os dias\", conclui o médico.