Minas Gerais registra aumento de 25% na localização de pessoas desaparecidas em 2025

Foram encontradas 1.572 pessoas entre janeiro e março, com média diária de 17 localizações em todo o estado

Por Plox

15/04/2025 10h34 - Atualizado há 9 dias

O primeiro trimestre de 2025 apresentou um crescimento expressivo no número de pessoas localizadas em Minas Gerais. Segundo dados divulgados pela Polícia Civil do estado, por meio da Divisão de Referência à Pessoa Desaparecida (DRPD), 1.572 pessoas foram encontradas entre janeiro e março, o que representa uma média de 17 localizações por dia.


Imagem Foto: Divulgação/Agência Minas


No mesmo período de 2024, haviam sido localizadas 1.256 pessoas, com média diária de 13. A diferença representa um aumento de 25,2% no comparativo entre os dois anos, consolidando um avanço significativo nas ações da polícia mineira no combate ao desaparecimento de pessoas.



Na capital, Belo Horizonte, os números são ainda mais marcantes. A cidade registrou a localização de 385 pessoas nos três primeiros meses de 2025, enquanto no mesmo período do ano anterior foram 293. Com isso, a alta foi de 31,4%. Esse dado ganha ainda mais relevância ao se considerar que, em 2024, já havia ocorrido um crescimento de 19,8% em relação a 2023.



A delegada Ingrid Estevam, chefe da DRPD, explica que essa melhora nos índices é resultado direto de medidas implantadas a partir de 2024.
Desde o início de 2024, ampliamos o atendimento pelo 0800 2828 197, responsável por receber denúncias sobre desaparecimentos, e também intensificamos as diligências. Essas ações estratégicas, felizmente, nos deram um retorno altamente positivo em relação às localizações

, destacou.

Apesar dos avanços, a delegada chama atenção para um ponto essencial: o registro de localização. Segundo ela, muitas pessoas, mesmo após serem encontradas, não formalizam o encerramento do desaparecimento junto à Polícia Civil ou à Polícia Militar.


Muitas pessoas, mesmo sendo orientadas sobre a necessidade do registro de localização, deixam de fazê-lo. Com isso, o desaparecimento continua vigente nos sistemas policiais, o que pode gerar constrangimentos e impedimentos, como eventual abordagem policial e negativa ao solicitar segunda via de documento, por exemplo

, alertou Ingrid Estevam.Além de possíveis problemas práticos, a ausência desse registro também compromete a confiabilidade dos dados estatísticos da PCMG.
Nossos números de localizações, que já são muito bons, poderiam ser ainda melhores se as pessoas desaparecidas ou as famílias registrassem essas localizações. Isso porque, oficialmente, a PCMG somente pode considerar uma pessoa localizada quando o registro de localização é concluído

, concluiu a delegada.
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