Anvisa aprova tratamento com imunoterapia para câncer de mama

Terapia pode ser um aporte a mais no tratamento junto com a quimioterapia

Por Plox

15/05/2019 07h56 - Atualizado há quase 5 anos

Foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o primeiro tratamento de imunoterapia no Brasil. O país é um dos primeiros do mundo a aprová-lo. A terapia potencializa o sistema imunológico para que ele combata infecções e outras doenças como o câncer, prolongando de 15 para 25 meses a sobrevida de mulheres portadoras do câncer de mama triplo-negativo. O imunoterápico atezolizumabe foi divulgado no Diário Oficial dessa terça-feira, 14 de maio.

Cerca de 15% das mulheres que tratam o câncer mamário fazem somente quimioterapia, mas a terapia pode ser um aporte a mais no tratamento. De acordo com o oncologista Carlos Barrios, dentre as que têm o câncer triplo-negativo, 40% se favorecem da imunoterapia. “Isso é definido por aquelas que apresentam a expressão da proteína PD-L1", comentou. Essa proteína fica no nível das células e demonstra probabilidade de bons resultados na imunoterapia.

Câncer de mama no país

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) informou que o câncer de mama é o tipo que mais acomete as mulheres brasileiras, com a expectativa de 59.700 novos casos a cada ano até 2019, ou seja, uma média de mil novos casos por ano. Para o oncologista, o tratamento representa um grande passo: "Trata-se do primeiro tratamento que evidencia que a imunoterapia funciona para o câncer de mama. Antes, esse tipo de tratamento existia apenas para outros tipos de câncer, como pulmão e melanoma", esclarece. Ele é um dos pesquisadores do estudo internacional que comprovou a eficácia da imunoterapia em paralelo com a quimioterapia  contra o câncer de mama.

Atualizada às 15h23

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