Vale detecta movimentação de talude em barragem de Barão de Cocais

Temor de moradores voltou à tona depois que a Vale detectou movimentação em talude na Barragem Superior Sul de Gongo Soco

Por Plox

15/05/2019 12h35 - Atualizado há cerca de 6 anos

Moradores de Barão de Cocais voltaram a se preocupar com a possibilidade de rompimento em barragem de rejeitos na cidade. O temor voltou à tona depois que a Vale detectou movimentação em talude na Barragem Superior Sul de Gongo Soco. 

Mina de Gongo Soco- Foto: Flickr

Mina de Gongo Soco está desativada desde 2016, mas ainda causa apreensão- Foto: Flickr

A informação foi confirmada nessa terça-feira, 14 de maio, pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). O barramento da Vale foi desativado em 2016, mas segue desde o final de março no nível 3 para alerta de rompimento. Moradores que se avizinham a uma distância de até 10 quilômetros da barragem, nas zonas de autossalvamento (ZAS), foram removidos do local em fevereiro, e em março, quem reside na zona secundária passaram por treinamentos.

Conforme o prefeito de Barão de Cocais, Décio Geraldo dos Santos (PV), a Vale admitiu que em outras ocasiões a mesma estrutura já apresentou indícios de instabilidade, e caso venha a se romper, a queda seria dentro da própria cava. "O talude não acertaria a barragem. O problema é que a gente não sabe qual seria a intensidade desse possível desabamento", argumentou Décio. 

O tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador da Cedec, confirmou a informação do prefeito e disse que em caso de ruptura do talude, o produto seria reintegrado à natureza. A preocupação é quanto à força e quantidade de rejeito despejado, caso haja ruptura. “O problema é que a cava está atrás da barragem e, dependendo da quantidade de material que cair e da força com que isso ocorrer, pode impactar em algo na barragem, podendo levar ao rompimento. Não podemos afirmar com certeza as consequências, pois elas dependem de outros fatores também”, explicou Godinho.

O Corpo de Bombeiros, a Cedec, Defesa Civil da cidade e a comunidade se reúnem para orientações. Flávio Godinho disse que a Defesa Civil está se inteirando da situação. Caso seja necessário, a sirene será acionada e mais pessoas terão que sair de suas casas. A Vale informou que os responsáveis estão analisando a área, que é monitorada 24 horas por dia.

Atualizada às 14h19 

 

Destaques