Alerta da OMS: Adoçantes podem trazer riscos à saúde

A agência afirma que esses produtos estão relacionados a "potenciais efeitos indesejáveis do uso prolongado.

Por Plox

15/05/2023 22h08 - Atualizado há mais de 1 ano

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu uma nova diretriz com base em evidências científicas, classificando os adoçantes como perigosos e ineficazes na perda de peso. A agência afirma que esses produtos estão relacionados a "potenciais efeitos indesejáveis do uso prolongado, como um risco aumentado de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos".

 

MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO

Alternativas ao açúcar

A OMS recomenda que a população reduza o consumo de açúcares livres, isto é, aqueles adicionados aos alimentos. Uma alternativa seria optar pelo açúcar encontrado em frutas, por exemplo. Os adoçantes não devem ser substitutos do açúcar, segundo a organização.

Adoçantes a serem evitados

A lista divulgada pela OMS inclui adoçantes comumente encontrados no mercado ou adicionados em produtos ultraprocessados:

• acessulfame-K

• aspartame 

• advantame

• ciclamato 

• neotame 

• sacarina 

• sucralose 

• estévia 

• derivados de estévia

Segundo a diretriz, essas substâncias são "adoçantes não nutritivos sintéticos e naturais ou modificados que não são classificados como açúcares encontrados em alimentos e bebidas industrializados ou vendidos sozinhos para ser adicionados a alimentos e bebidas pelos consumidores". A recomendação da OMS é que todas as pessoas parem de consumi-los, exceto indivíduos com diabetes preexistente.

Estudos que embasam a diretriz

Um estudo publicado na revista Nature em 2014 mostrou que o uso de adoçantes artificiais pode levar à intolerância à glicose, possivelmente devido a alterações na microbiota intestinal. Já em 2010, pesquisadores revisaram a literatura e descobriram que os adoçantes podem afetar o sistema de recompensa do cérebro, intensificando o desejo de açúcar e levando a um aumento do consumo calórico. Os resultados foram publicados no Yale Journal of Biology and Medicine.

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