Família de piloto recebe "com alívio" relatório sobre acidente com Marília Mendonça
Segundo Euda, "falta de sinalização e ausência de regulamentação" causaram o acidente, já que Geraldo estava realizando um voo visual e os fios da rede de transmissão não estavam visíveis aos olhos humanos.
Por Plox
15/05/2023 21h43 - Atualizado há mais de 1 ano
A família de Geraldo Medeiros, piloto do avião que caiu levando a cantora Marília Mendonça em novembro de 2021, recebeu "com alívio" o relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB).
Euda Dias, ex-esposa do piloto, participou de uma reunião com representantes do Cenipa nesta segunda-feira (15) e afirmou que "não existia nada que proibisse o piloto de escolher uma rota mais confortável para os passageiros". Geraldo era um piloto experiente com mais de 16 mil horas de voo e havia feito uma rota alternativa à usual para pousos no aeroporto de Caratinga, motivo pelo qual a Polícia Civil de Minas Gerais afirmou que a aeronave não "seguiu o padrão de pouso" e se "afastou muito" do local recomendado.
O relatório do Cenipa indica que o piloto pode ter se distanciado do aeroporto para proporcionar um pouso mais confortável aos passageiros. Segundo Euda, "falta de sinalização e ausência de regulamentação" causaram o acidente, já que Geraldo estava realizando um voo visual e os fios da rede de transmissão não estavam visíveis aos olhos humanos.
Acidente com a cantora Marília Mendonça
A cantora, compositora e instrumentista goiana, conhecida como a "Rainha da Sofrência", tinha apenas 26 anos e estava no auge da carreira quando o avião em que estava caiu a cerca de três quilômetros do aeroporto de Caratinga, no interior de Minas Gerais, onde estava previsto o desembarque. Além de Marília, morreram todas as quatro pessoas que estavam no avião: o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor da cantora Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto da aeronave Tarciso Pessoa Viana.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que a investigação do acidente deve ser concluída no primeiro trimestre de 2023. A investigação é conduzida pela Polícia Civil de Caratinga, na região do Rio Doce.