Boulos admite abrir mão de 2026 para virar ministro de Lula
Deputado do PSOL sinaliza ao presidente que aceitaria permanecer no cargo até o fim do mandato petista
Por Plox
15/05/2025 07h21 - Atualizado há 2 dias
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) estaria disposto a abrir mão de uma candidatura nas eleições de 2026 para assumir um cargo de ministro no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação foi revelada por uma apuração do colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles.

Segundo o colunista, Boulos teria sinalizado ao presidente que aceitaria a nomeação e permaneceria no posto ministerial até o fim do atual mandato, previsto para o final de 2026. O psolista é cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República, atualmente ocupada por Márcio Macedo (PT), que deve ser transferido para o comando do Ibama.
Essa movimentação dentro do Palácio do Planalto envolve estratégias políticas de longo prazo. Lula deseja um ministro que permaneça até o fim da gestão, sem precisar se afastar para disputar as eleições. Caso optasse por se candidatar, Boulos precisaria deixar o ministério até abril do próximo ano, o que contraria os planos de estabilidade do presidente.
O nome de Boulos, conhecido por sua forte atuação junto a movimentos sociais, é visto como capaz de fortalecer a base do governo nesse setor. Além disso, sua presença ativa nas redes sociais pode contribuir em uma área onde a comunicação do governo petista tem enfrentado dificuldades.
No entanto, essa possível escolha encontra resistência dentro do próprio PT. Parte da legenda é contrária à ideia de ceder o comando da Secretaria-Geral a um nome do PSOL. Além disso, lideranças do Centrão também demonstram insatisfação com a eventual indicação de Boulos.
Para aliados de Lula, a nomeação do deputado também serviria como uma forma de reinserção política, após a derrota nas eleições municipais de São Paulo no último ano. Entretanto, há quem veja riscos de divisão entre os movimentos sociais, caso Boulos assuma o posto no Executivo.
A decisão final ainda não foi tomada, mas os bastidores indicam que a relação de confiança entre Lula e Boulos pode pesar na escolha. O futuro do deputado dependerá, também, do desfecho das discussões internas do governo e da articulação entre os partidos da base.