Cemig extingue vice-presidência de Participações e foca em tecnologia

Em meio a desinvestimentos, estatal mineira substitui pasta responsável por subsidiárias por nova vice de Tecnologia da Informação

Por Plox

15/05/2025 10h21 - Atualizado há 3 dias

Em meio à política de desinvestimentos adotada nos últimos anos, a Cemig decidiu extinguir a vice-presidência de Participações, substituindo-a por uma nova estrutura: a vice-presidência de Tecnologia da Informação. A mudança foi aprovada na última quinta-feira (8), durante reunião do Conselho de Administração da companhia.


Imagem Foto: ALMG


A vice-presidência extinta era responsável por acompanhar a gestão das subsidiárias integrais, coligadas e minoritárias da estatal mineira. O cargo vinha sendo acumulado por Marco Soligo, que permanece à frente da vice-presidência de Geração e Transmissão. Agora, o foco da nova vice-presidência está voltado à transformação digital da empresa, sendo ocupada por Luis Cláudio Villani, que já liderava a área de tecnologia desde julho de 2019, ainda como diretor.


Segundo a Cemig, a reestruturação não gera novos custos, já que houve redução no número de diretorias com a exclusão da antiga estrutura não estatutária de Tecnologia. A companhia reforça que o número total de vice-presidentes permanece em seis.



A decisão acontece no contexto de uma série de desinvestimentos realizados sob a gestão do governador Romeu Zema (Novo). A Cemig vendeu, por exemplo, em agosto de 2024, 45% de sua participação na Aliança Energia para a Vale por R$ 2,7 bilhões. Em outro movimento, repassou 49% das ações da Axxiom para a Light por apenas R$ 1, em operação simbólica concluída no ano anterior.


Em dezembro de 2024, a Cemig também alienou quatro hidrelétricas, localizadas em Juiz de Fora, Manhuaçu, Águas Vermelhas e Uberlândia, para a Âmbar, do grupo J&F, por R$ 52 milhões.



Na contramão dessa tendência, a companhia fez um investimento em fevereiro de 2025 ao adquirir a Empresa de Transmissão Timóteo-Mesquita (ETTM), no Vale do Aço, por R$ 30 milhões. As linhas de transmissão da ETTM estão integradas à rede da Cemig.


Além da reformulação na vice-presidência, a Cemig também ajustou recentemente outros cargos na estrutura administrativa. Após a saída de João Paulo Menna em fevereiro, as funções de relações institucionais foram incorporadas pela diretora de Regulação, Roberta Rolim.


Com as alterações, a diretoria executiva da Cemig passa a ser composta por:


- Luis Cláudio Villani (Tecnologia da Informação)


- Marco Soligo (Geração e Transmissão)


- Andrea Marques de Almeida (Finanças e Relações com Investidores)


- Cristiana Fortini (Jurídico)


- Marney Antunes (Distribuição)


- Sérgio Lopes (Comercialização)



A estatal justifica as mudanças como parte de seu processo contínuo de transformação digital e modernização da governança corporativa, mantendo a meta de aumentar eficiência e sustentabilidade em seus negócios.


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