Trump admite possível intervenção dos EUA em conflito entre Irã e Israel

Em meio à escalada da tensão no Oriente Médio, Donald Trump declarou neste domingo (15) que há chances de os Estados Unidos se envolverem diretamente no confronto entre Irã e Israel.

Durante uma conversa reservada com Rachel Scott, principal correspondente política da ABC News, o presidente norte-americano mencionou que Vladimir Putin, presidente da Rússia, está disposto a atuar como mediador no conflito. Segundo Trump, o líder russo fez uma ligação para tratar especificamente dessa possibilidade.

\"Ele está pronto. Ele me ligou para isso. Tivemos uma longa conversa a respeito\",

afirmou Trump, como relatado por Scott.

O conflito, que se intensificou desde a última sexta-feira (13), já soma três dias consecutivos de bombardeios. Israel tem promovido ataques direcionados à infraestrutura militar e nuclear do Irã, ações que provocaram severas retaliações do governo iraniano.

Apesar do cenário bélico, Trump destacou que os Estados Unidos ainda não estão militarmente envolvidos. No entanto, ao ser questionado sobre essa possibilidade, ele afirmou:

\"É possível que possamos nos envolver\".

Mesmo com os ataques, as negociações envolvendo o programa nuclear iraniano seguem em andamento. Trump assegurou que Teerã demonstra interesse em chegar a um acordo. “Eles estão conversando. Eu gostaria de chegar a um acordo. Eles estão conversando. Continuam conversando”, repetiu Trump, reforçando a continuidade dos diálogos, apesar da tensão regional.

Omã, país tradicionalmente envolvido como mediador em questões nucleares iranianas, confirmou o cancelamento da sexta rodada de negociações entre Teerã e Washington, que estava prevista para ocorrer neste final de semana.

Ao ser indagado se havia um prazo estipulado para que o Irã retornasse formalmente às negociações, o presidente americano foi categórico:

\"Não, não há prazo\".

Trump ainda sugeriu que o atual confronto entre Israel e Irã pode estar acelerando as tratativas diplomáticas. Segundo ele,

\"pode ter forçado que um acordo se concretize mais rápido, na verdade\".

O cenário permanece incerto, mas com a possibilidade real de um novo e importante ator entrar na equação militar e diplomática do Oriente Médio.