Operação investiga 14 policiais por denúncia de tortura em presídio da Grande BH
Crimes ocorreram em julho do ano passado, e investigações começaram a partir de denúncia anônima recebida em fevereiro de 2021
Por Plox
15/07/2021 09h24 - Atualizado há mais de 3 anos
O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) deflagrou, nesta quinta-feira (15), uma operação para apurar denúncias de prática de crimes de tortura contra presos e investigar 14 policiais penais na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
De acordo com o órgão, os crimes de tortura contra presos ocorreram em julho do ano passado, mas as investigações começaram a partir de denúncia anônima recebida em fevereiro de 2021. O objetivo da operação Touro de Bronze é apreender celulares, pen-drives, livros de registros de ocorrências e outros documentos de interesse da investigação, que tramita em segredo de Justiça.
“Nós trabalhamos para que as investigações sejam corretas e os criminosos presos. Nosso objetivo aqui é investigar o crime de tortura e levantar esses elementos de prova para que isso não se repita mais nas unidades prisionais”, afirmou o promotor de Justiça Gabriel Mendonça, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Ao todo, são cumpridos 26 mandados de busca e apreensão na penitenciária em Contagem, no presídio de Ibirité, na Fazenda Mato Grosso, em Ribeirão das Neves, e em endereços residenciais nas cidades de Belo Horizonte, Contagem, Betim, Ibirité e Ribeirão das Neves.
Conforme o MPMG, a medida foi determinada pela Vara de Inquéritos Policiais e Violência Doméstica da Comarca de Contagem. A operação conta com a atuação de quatro promotores de Justiça, 92 policiais penais, 28 policiais civis e 34 policiais militares.
O nome da operação faz alusão a instrumento de tortura construído na região da Sicília, na Itália, no século VI a.C, e utilizado para promover a morte de criminosos.