Atentado contra Trump preocupa aliados de Lula com possível fortalecimento da direita

Aliados de Bolsonaro, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), replicaram nas redes sociais a comparação entre os ataques a Trump e Bolsonaro

Por Plox

15/07/2024 10h31 - Atualizado há cerca de 2 meses

Preocupações sobre o fortalecimento da direita

Aliados do presidente Lula (PT) expressam temores de que o atentado a Donald Trump, ocorrido no sábado (13), possa reforçar a narrativa de perseguição à direita globalmente e fortalecer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Bolsonaro, que sofreu um ataque durante a campanha presidencial de 2018, está utilizando o episódio para ganhar apoio, comparando a situação de Trump com a sua própria.

Foto: reprodução

Impacto nas eleições americanas

Além das repercussões internas, governistas avaliam que o atentado contra Trump pode aumentar a pressão sobre o democrata Joe Biden, favorecendo a candidatura republicana nas eleições dos Estados Unidos. O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, em uma demonstração de apoio a Trump, chegou a chamá-lo de "maior líder mundial" e expressou confiança em sua vitória futura, apesar de estar com o passaporte apreendido por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal).

Declarações e reações de figuras políticas

No domingo (14), bonecos de Olinda representando Bolsonaro e Trump foram vistos em um ato organizado por bolsonaristas na Avenida Paulista, mostrando a solidariedade entre os seguidores dos dois líderes. O ex-presidente Bolsonaro afirmou: "Atentados são contra as pessoas de bem e conservadores", ignorando outros episódios de violência política, como os ataques à caravana de Lula em 2018.

Comparações com o ataque a Bolsonaro

Aliados de Bolsonaro, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), replicaram nas redes sociais a comparação entre os ataques a Trump e Bolsonaro. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também postou imagens do marido ferido em 2018 ao lado de fotos de Trump após o atentado.

Repercussão no Brasil

No entanto, políticos de diferentes colorações partidárias no Brasil descartam que o atentado contra Trump tenha influência direta nas eleições municipais brasileiras, previstas para outubro. O senador Humberto Costa (PT-PE) e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmam que o episódio não deve alterar a participação de Lula na campanha eleitoral deste ano.

Declarações de líderes brasileiros

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desejou rápida recuperação a Trump e alertou sobre a necessidade de promover a "convivência pacífica e democrática". O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também repudiou a violência, enfatizando que divergências devem ser resolvidas democraticamente.

Repúdio de autoridades brasileiras

Integrantes do governo, como a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), e o líder do governo Lula no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), condenaram o ataque a Trump, destacando que a violência política compromete a democracia e deve ser combatida.

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