STF analisa possível retomada do Sicobe, sistema de fiscalização de bebidas
Plenário virtual analisa reativação do Sicobe, desativado em 2016, em meio a debates sobre impacto fiscal e aumento de casos de intoxicação por bebidas adulteradas.
Pesquisas realizadas com o curauá (Ananás erectifoliu), uma espécie de bromélia nativa da Amazônia semelhante ao abacaxi, têm demonstrado um alto potencial como alternativa sustentável para substituir o plástico de origem petroquímica. O Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), em Manaus, está conduzindo um projeto-piloto com produtores da agricultura familiar para implantação desta tecnologia.
Projeto-piloto integra produtores e indústria
Por meio de um acordo de cooperação com várias instituições, o CBA fornece mudas, capacita os produtores no plantio e na produção da fibra e estabelece conexões com empresas interessadas na fabricação de bioplásticos. Simone da Silva, pesquisadora e gerente da Unidade de Tecnologia Vegetal do CBA, explicou: "A nossa ideia é o desenvolvimento das cadeias produtivas e levar desenvolvimento, renda e um apelo social e ambiental para o interior do nosso estado. Já tem até patentes com coletes balísticos, vigas para edifícios, antiterremoto, tudo por conta da grande elasticidade e resistência dessa fibra".
Vantagens econômicas e sustentáveis do curauá
O curauá se destaca pela sua viabilidade econômica e interesse industrial, substituindo o polietileno petroquímico e outras fibras naturais como a malva e a juta, normalmente importadas de Bangladesh. Caio Perecin, diretor de Operações do CBA, afirmou: "É uma espécie nativa da Amazônia que é pouco difundida e tem bastante interesse comercial. A fibra é a opção natural com maior resistência mecânica que se conhece hoje, de acordo com os nossos resultados de pesquisa".
Facilidade de cultivo e colheita
Adaptado às características de clima e solo da Amazônia, o curauá prefere solo não encharcado, ácido e pouco fértil. Seu cultivo é viável em áreas sombreadas e com outras espécies, sem necessidade de queimada ou derrubada. O plantio pode ser realizado em qualquer época do ano, facilitando sua integração em sistemas agroflorestais. Simone da Silva destacou que o produtor não precisa abandonar suas culturas tradicionais e pode consorciar o curauá com plantações de açaí, macaxeira, mamão e maracujá.
Beneficiamento da fibra e segurança no processo
O beneficiamento da fibra de curauá pode ser feito pelo próprio produtor com equipamentos adaptados para o tamanho da fibra, inicialmente desenvolvidos para o sisal. Simone da Silva garante que a máquina é segura e não apresenta riscos no manuseio. "A nossa ideia é que o produtor não comercialize a folha, mas que, minimamente, ele forneça a fibra, gerando o maior valor agregado possível para ele", acrescentou.
Impacto econômico e mercado
As mudas geradas em laboratório são de curauá branco, que possui maior capacidade de perfilhamento em comparação ao curauá roxo. A primeira colheita ocorre entre o décimo e o décimo segundo mês após o plantio, com três a quatro colheitas anuais a partir do segundo ano. Simone da Silva explica que as plantas oriundas de cultura de tecido têm um efeito residual dos hormônios usados no laboratório, resultando em mais brotos e maior produtividade para o produtor.
Embora o mercado do curauá ainda esteja em desenvolvimento, há grande interesse industrial. "O que os setores interessados dizem é que, como pagam muito caro por uma fibra de juta e malva, por exemplo, que vem de Bangladesh, eles estão dispostos a pagar o mesmo valor na fibra de curauá, que pode gerar entre R$ 9 e R$ 10 o quilo da fibra", concluiu Simone da Silva.
Plenário virtual analisa reativação do Sicobe, desativado em 2016, em meio a debates sobre impacto fiscal e aumento de casos de intoxicação por bebidas adulteradas.
Plenário virtual analisa reativação do Sicobe, desativado em 2016, em meio a debates sobre impacto fiscal e aumento de casos de intoxicação por bebidas adulteradas.