Queda do desemprego no Brasil marca menor índice em dez anos

Taxa de desocupação atinge 6,9% no segundo trimestre de 2024, com redução em 15 estados

Por Plox

15/08/2024 10h31 - Atualizado há cerca de 2 meses

O índice de desemprego no Brasil apresentou uma redução significativa no primeiro semestre de 2024, alcançando 6,9% no segundo trimestre do ano. Este número, o mais baixo registrado nos últimos dez anos, representa uma queda de um ponto percentual em comparação aos três primeiros meses do ano. As informações foram divulgadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), publicada nesta quinta-feira (15).

Estados com as maiores e menores taxas de desocupação

Os resultados da pesquisa mostram que 15 dos 27 estados brasileiros registraram queda no desemprego, com as menores taxas observadas em Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%). Por outro lado, os estados com as maiores taxas de desocupação foram Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%). Minas Gerais destacou-se com uma taxa inferior à média nacional, alcançando 5,9%.

Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE, ressaltou que nos 12 estados onde a queda não foi estatisticamente significativa, a taxa de desemprego permaneceu estável. "Dessa forma, nenhum estado apresentou aumento da taxa de desocupação na comparação com o primeiro trimestre de 2024", afirmou Beringuy.

Redução do tempo de procura por trabalho

A pesquisa também revelou uma queda expressiva na população desocupada em todas as faixas de tempo de procura por emprego. O grupo que buscava trabalho por menos de um mês viu uma redução de 10,2%, enquanto aqueles que procuravam entre um mês e menos de um ano tiveram uma diminuição de 11,0%. O contingente de pessoas que buscavam emprego por um ano a menos de dois anos recuou 15,2%, e a faixa dos que estavam há dois anos ou mais em busca de trabalho teve a maior redução, de 17,3%.

Especificamente, o número de pessoas que buscavam trabalho por dois anos ou mais caiu para 1,7 milhão, o menor valor para um segundo trimestre desde 2015. Beringuy explicou que "o crescimento da ocupação tem refletido positivamente entre os que buscam trabalho, à medida que passam a registrar menor tempo de procura." A demanda crescente por trabalhadores em diversas atividades, como comércio e serviços de diferentes complexidades, tem contribuído para essa retração no tempo de procura.

Dessa forma, o mercado de trabalho brasileiro demonstra sinais de recuperação, com impactos positivos na redução do desemprego e na diminuição do tempo de busca por emprego.

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