Eduardo Bolsonaro ameaça levar ofensiva contra Moraes até o limite
Deputado intensifica pressão política nos EUA e cita possíveis sanções internacionais contra líderes do Congresso
Por Plox
15/08/2025 07h55 - Atualizado há 16 dias
Durante uma visita a Washington, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reforçou sua disposição em manter uma ofensiva política contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A declaração, dada à BBC News Brasil e divulgada na última quarta-feira (13), revela a intenção do parlamentar de manter a pressão até que o ministro perca o apoio de seus aliados institucionais.
Foto: STF
Segundo Eduardo, sua estratégia inclui o desgaste contínuo de Moraes até que ele fique isolado politicamente.
\"Se depender de mim, a gente vai continuar aqui (…) até que a pressão seja insustentável e as pessoas que sustentam Moraes larguem a mão dele para que ele vá sozinho para o abismo\", declarou o deputado.
Além de mirar diretamente em Moraes, Eduardo Bolsonaro também direcionou críticas e alertas a dois importantes líderes do Congresso Nacional: Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Comissão de Orçamento, e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Ambos, segundo ele, estariam atuando para impedir tanto a anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro quanto o andamento do processo de impeachment contra Moraes.
O parlamentar afirmou que, caso os dois congressistas continuem com essas posturas, poderão ser alvo de sanções internacionais com base na Lei Magnitsky, um instrumento jurídico dos Estados Unidos usado para punir indivíduos envolvidos em corrupção ou violação de direitos humanos. Eduardo está em território norte-americano desde fevereiro de 2025, onde tem buscado estreitar laços com aliados do ex-presidente Donald Trump, numa tentativa de ampliar o alcance de suas ações políticas no Brasil.
A movimentação do deputado ocorre em meio ao aumento das tensões entre parte do Congresso e o Supremo Tribunal Federal, alimentando um clima de instabilidade política e institucional no país.