Na noite desta quinta-feira (14), o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec), gravou um vídeo para se pronunciar após ter seu nome incluído em um inquérito da Polícia Federal que também investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo.
Foto: Reprodução Youtube O religioso disse estar sendo alvo de “perseguição” e, apesar de reconhecer a importância da PF, acusou setores da corporação de atuarem “a serviço de Lula e de Alexandre de Moraes”. Ele se mostrou indignado por ter tomado conhecimento da investigação pela imprensa, antes mesmo de receber qualquer notificação oficial. “Como eu não sou notificado e a Globo sabe antes? Isso é uma vergonha!”, questionou.
Entre as acusações que teriam motivado a investigação, está a suposta tentativa de buscar sanções internacionais contra o Brasil, algo que Malafaia ironizou, afirmando não falar inglês nem ter contato com autoridades estrangeiras. O pastor negou qualquer ato ilícito e sustentou que todas as manifestações que organizou ou declarações que fez contra Moraes se baseiam em críticas ao descumprimento da lei pelo ministro do STF.
Ele acusou parte da imprensa de encobrir supostos crimes do magistrado e reforçou que não teme investigações.
“Pode vir do jeito que vocês quiserem, pode investigar. Querem calar os opositores”
, declarou.
Num tom mais contundente, comparou a atuação da PF à “Gestapo do nazismo” e à “KGB da União Soviética”, afirmando que o Brasil estaria “caminhando para a venezuelização”, onde, segundo ele, a população perde o direito de criticar autoridades.
Malafaia assegurou que não se calará. “Isso, para mim, é motivo para me posicionar duramente, baseado na Constituição”, afirmou. Ele classificou o inquérito como uma “farsa de pseudogolpe” e cobrou ação de parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal diante do que considera um ataque à democracia.
“Está aí, Supremo Tribunal Federal. Está aí, senadores e deputados. Quem vai parar isso? Que país é esse? Que democracia é essa? É uma vergonha o que estamos assistindo. E se preparem, porque eu vou botar para quebrar. Vocês não me calam. Não tenho medo de prisão. E não tenho medo de investigação política, de pura perseguição. É o que eu tenho a declarar por enquanto”, concluiu o pastor.