Bolsonaro pede a Moraes visitas semanais de Valdemar e líderes do PL

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou nesta segunda-feira (15/9) um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é conseguir autorização para que Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar em Brasília, possa receber visitas políticas regulares em sua residência.

O principal ponto da solicitação é a liberação para encontros semanais com Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal. Segundo os advogados, a interlocução com o dirigente é considerada essencial para o planejamento e a condução das estratégias partidárias.

Além de Valdemar, a lista encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes inclui nomes de peso da sigla e aliados próximos. Entre eles estão Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado; Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara; o senador Wilder Morais (PL-GO); o ex-ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida; e o deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE), relator do projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Valadares já apresentou parecer favorável ao texto, prioridade para a base bolsonarista.

O pedido ocorre poucos dias depois de Bolsonaro ter sido condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão por crimes ligados à tentativa de golpe de Estado. Apesar disso, a defesa argumenta que os encontros são de caráter “institucional e político”, fundamentais para coordenar pautas legislativas e alinhar estratégias nacionais.

Na semana passada, Alexandre de Moraes já havia rejeitado uma solicitação semelhante da defesa, que buscava visitas livres de lideranças do PL, a exemplo do que já acontece com filhos e advogados do ex-presidente.

Até agora, Moraes tem adotado cautela, permitindo visitas específicas, mas evitando transformar a casa de Bolsonaro em uma extensão do comando político da oposição

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A iniciativa atual repete o padrão de outros requerimentos feitos pelos advogados, que tentam flexibilizar as condições da prisão domiciliar e manter Bolsonaro conectado às articulações políticas mesmo após a condenação.