‘Efeito vacina’ pode reduzir eficácia do Botox, alerta especialista
Cirurgiã-dentista explica como o organismo pode criar resistência à toxina após uso contínuo e destaca cuidados essenciais para manter eficácia do tratamento
Por Plox
15/09/2025 15h27 - Atualizado há 1 dia
A busca por tratamentos estéticos menos invasivos e com resultados naturais tem levado muitas pessoas a optarem por procedimentos como o Botox. No entanto, o uso contínuo da toxina pode desencadear um fenômeno conhecido como 'efeito vacina', conforme explicou a cirurgiã-dentista Cíntia Coin, especialista em harmonização facial.

Durante entrevista ao programa Acir Antão nesta segunda-feira (15), Coin destacou que o Botox é eficaz na prevenção de rugas mais profundas e no relaxamento da musculatura facial, sendo um importante aliado no processo de rejuvenescimento.
Apesar dos benefícios, a especialista alertou para os riscos de aplicações inadequadas, especialmente quando há erro na dosagem ou no intervalo entre as sessões. Segundo ela, a administração incorreta pode provocar efeitos colaterais e comprometer os resultados.
Coin também enfatizou que o tratamento estético não deve se basear apenas em produtos sintéticos.
“Não adianta utilizar apenas esses recursos sem cuidar da pele de forma adequada. É preciso ir além”,
afirmou.
O chamado 'efeito vacina' foi um dos temas abordados durante a entrevista. A especialista explicou que o organismo pode desenvolver anticorpos contra a toxina botulínica após sucessivas aplicações, o que reduz ou até anula a eficácia do tratamento. Na literatura científica, o tempo médio de duração do Botox varia entre quatro e seis meses, mas esse prazo pode ser menor quando o efeito vacina está presente ou quando há falhas no protocolo de aplicação.
Outro ponto abordado foi o uso de adesivos de silicone para amenizar a flacidez facial. Embora possam melhorar temporariamente a aparência da pele, Coin destacou que eles não tratam a causa do envelhecimento, agindo apenas nos sintomas.
“Precisamos pensar em soluções que atuem na origem do problema, que é o processo de envelhecimento em si”,
explicou.
Por fim, a especialista afirmou que a tendência atual é apostar em tratamentos regenerativos que promovam qualidade de vida e realcem a naturalidade.
“A estética está caminhando para uma abordagem mais suave, focada na regeneração e nos cuidados contínuos com a pele”,
concluiu.