Filha de ministro do STF é alvo de hostilidade na UFPR

Melina Fachin, professora e diretora da universidade, sofreu agressões verbais e uma cusparada ao sair do campus em Curitiba

Por Plox

15/09/2025 17h12 - Atualizado há cerca de 2 horas

Na tarde da última sexta-feira, 12 de setembro, a saída da diretora do Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Melina Fachin, se transformou em uma cena lamentável de violência e intolerância. Ao deixar as dependências do campus, Melina foi alvo de ofensas por parte de um homem ainda não identificado, que a chamou de “lixo comunista” e, em seguida, cuspiu nela.


Imagem Foto: Reprodução Instagram


A professora, que também é filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, preferiu não se manifestar sobre o episódio. No entanto, seu marido, o advogado Marcos Gonçalves, utilizou as redes sociais para repudiar o ocorrido. Em sua publicação, ele classificou o ato como uma “agressão covarde” e disse que o autor era um homem branco, sem dar mais detalhes sobre sua identidade.



Marcos relacionou o ataque a um episódio ocorrido dias antes, no último dia 9, quando a UFPR cancelou um evento organizado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Intitulado “Como o STF tem alterado a interpretação constitucional?”, o encontro seria realizado no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal iniciou o julgamento de uma ação penal contra Bolsonaro.


Na ocasião, estudantes tentaram barrar a entrada de participantes como o vereador Guilherme Kilter (Novo-PR) e o advogado Jeffrey Chiquini. A situação rapidamente escalou, resultando em provocações e trocas de insultos entre os presentes. A Polícia Militar foi acionada, mas, segundo a universidade, sua entrada no campus não ocorreu por solicitação institucional. Em nota, a UFPR criticou a atuação dos policiais, afirmando que foi “desproporcional”.



“Esta violência é fruto da irresponsabilidade e da vilania de todos aqueles que se alinharam com o discurso de ódio propalado desde o esgoto do radicalismo de extrema-direita, que pretende eliminar tudo que lhe é distinto”

, afirmou Marcos Gonçalves em seu desabafo público.


As autoridades ainda não divulgaram se haverá investigação formal sobre o episódio envolvendo a professora Melina Fachin. O caso gerou forte repercussão entre estudantes, professores e representantes de entidades acadêmicas e jurídicas.


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