Moraes exige relatório da Polícia Penal do DF sobre escolta de Bolsonaro
Ministro do STF cobra detalhes do transporte, agentes envolvidos e explica por que ex-presidente ficou diante de apoiadores após alta hospitalar
Por Plox
15/09/2025 22h19 - Atualizado há 2 dias
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta segunda-feira (15) que a Polícia Penal do Distrito Federal encaminhe, no prazo máximo de 24 horas, um relatório completo sobre a escolta realizada no deslocamento do ex-presidente Jair Bolsonaro até o hospital DF Star, em Brasília, no domingo (14).

A medida foi tomada após Moraes identificar uma falha no procedimento de segurança. Segundo o despacho, devem ser descritos os veículos utilizados no transporte, a atuação dos agentes responsáveis pelo acompanhamento no hospital e as razões pelas quais o ex-presidente permaneceu parado diante de apoiadores depois de receber alta médica. O ministro também determinou que a Procuradoria-Geral da República seja informada.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após decisão da Primeira Turma do STF que o condenou a 27 anos e 3 meses de prisão por comandar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Desde então, ele só pode deixar a residência mediante autorização judicial e sob escolta. O deslocamento ao hospital foi autorizado em 10 de setembro, após solicitação da defesa para realização de um procedimento médico.
O regime de restrições é rígido. Além da tornozeleira eletrônica, o ex-presidente está proibido de utilizar celular, acessar redes sociais e manter contatos políticos sem aval da Justiça. Toda a sua rotina na residência em Brasília é acompanhada em tempo real pela Polícia Penal.
No domingo, Bolsonaro foi ao hospital na companhia dos filhos Carlos Bolsonaro e Jair Renan. Após a liberação médica, o ex-presidente foi visto em frente à unidade, próximo a apoiadores, o que motivou a cobrança de explicações por parte de Moraes.
\"O transporte imediato não foi realizado após a alta médica\"
, apontou o ministro em seu despacho, exigindo esclarecimentos sobre o episódio.