Motociclista de 20 anos morre após ser atingido por carro na contramão e cair de ponte
Motociclista de 20 anos morre após ser atingido por carro na contramão e cair de ponte
Por Plox
15/09/2025 08h57 - Atualizado há cerca de 8 horas
Na tarde do último domingo (14), foi sepultado em Ponta da Fruta, em Vila Velha, o corpo de Fellyppe Gabryel Tofanin Brito, de 20 anos, que morreu após um grave acidente na Segunda Ponte, em Cariacica, Grande Vitória. O jovem foi arremessado da ponte depois de ser atingido por um carro que trafegava na contramão.

O acidente aconteceu na noite de sábado (13), quando Fellyppe realizava sua última entrega como entregador por aplicativo. O motociclista, que também trabalhava como auxiliar para complementar a renda, foi atingido de frente pelo carro. Com o impacto, caiu de uma altura de aproximadamente 20 metros.
Ambos os veículos pegaram fogo após a colisão, e o motorista do carro fugiu sem prestar socorro. A Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT) investiga o caso. Até o momento, o condutor ainda não foi identificado.
Fellyppe chegou a ser socorrido com vida por uma ambulância do Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória. No entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu por volta de 1h30 da madrugada.
Durante o sepultamento, que contou com grande presença de familiares e amigos, a ausência da mãe do jovem, que vive nos Estados Unidos, foi sentida por todos. Os parentes se emocionaram ao lembrar do jovem, descrito como trabalhador, sonhador e cheio de fé.
Joseni Soares Simões, tia de consideração, afirmou:
"Alegre, sonhador, cheio de planos que tinha dia que eu falava assim: ‘vai para o chão um pouquinho’, de tanto que ele sonhava. Alegria contagiante e, para mim, como um filho. Ele sonhava em estudar, se formar, casar, construir família e servir o Senhor como ele sempre serviu”
. Ela também cobrou justiça:
"Ele interrompeu a vida do Filipe de uma forma muito grosseira. Eu espero que essa pessoa seja encontrada. Não vai trazer a vida do Filipe de volta, mas pelo menos vai evitar que faça outras famílias sofrerem como nós estamos sofrendo”
O tio Eliseu, muito próximo do jovem, relembrou com carinho a última conversa entre os dois:
“A última vez que eu falei com ele foi no dia que ele faleceu. Eu disse pra ele: ‘você vai ser sempre o filhão do tio, não importa a idade que você tenha’. E a última frase que ouvi dele foi: ‘tio, a idade só é um número’. Essa foi a última frase que eu ouvi dele”
.
Ele também destacou o perfil trabalhador do sobrinho: “Um rapaz esforçado, trabalhador, sempre trabalhou comigo. Chamei ele para voltar pra Rondônia e ser meu sócio, mas ele gostava muito do pai, então eles ficavam muito divididos. Se você for somar as vindas e vindas dele lá, dá uns 5, 6 anos ou mais. Agora nosso sobrinho não volta, né? Então eu espero que tais pessoas com tais irresponsabilidades não venham tirar o sonho de outro jovem de 20 anos, nem de alguém de 50 ou 80 anos.”
Fellyppe era o filho mais velho entre três irmãos, tinha acabado de completar 20 anos e dividia sua rotina entre o trabalho fixo e as entregas por aplicativo. Uma rotina dura, mas carregada de sonhos e esperança — interrompida por uma tragédia que agora mobiliza familiares por justiça.