Ataque Israelense mata comandante do Hamas em Gaza; Crise humanitária se agrava
Billal Al Kedra, líder do Hamas, é morto em ataque aéreo, enquanto a ONU alerta para escassez de água e combustível em Gaza
Por Plox
15/10/2023 09h59 - Atualizado há cerca de 1 ano
Ataques aéreos de Israel no sul de Gaza mataram Billal Al Kedra, comandante do Hamas que liderou o massacre do Kibutz Nirim, no fim de semana passado, segundo informações divulgadas neste domingo pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), reportadas pelo The Wall Street Journal. Uma invasão terrestre de Israel a Gaza é iminente. Há pouco, a IDF informou, segundo a CNN, que está aumentando a "prontidão operacional" para os próximos estágios da guerra.
Outros líderes do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina também são alvos
A IDF informou que o serviço militar israelense também matou outros agentes do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina, reduzindo sua capacidade operacional ao atacar centros de comando, complexos militares e locais de lançamento de mísseis.
Alerta de crise humanitária
Durante a madrugada, forças israelenses disseram a moradores do norte de Gaza que eles teriam uma janela de três horas, prevista para terminar às 13h (horário local, 7h pelo horário de Brasília), durante a qual militares de Israel não fariam operações ao longo da principal via de acesso ao sul da Faixa de Gaza.
"Sua segurança e a de suas famílias são importantes. Por favor, sigam nossas instruções e vão para o sul. Tenham certeza, os líderes do Hamas já garantiram a segurança deles e de suas famílias", escreveu a IDF no X (ex-Twitter).
Cenário humanitário crítico em Gaza
A ONU reportou que há escassez de água potável e de combustível para os hospitais em Gaza, o que coloca vidas em risco na região, pela possibilidade de transmissão de doenças por água contaminada ou pela falta de energia nos hospitais. Segundo a ONU, na noite deste sábado mais de dois milhões de pessoas em Gaza foram forçadas a beber água suja, após as estações de tratamento terem ficado sem combustível.
O escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários, outra agência da ONU, estima que os hospitais em Gaza tenham combustível suficiente para operar geradores de reserva por cerca de 48 horas. "O desligamento dos geradores colocaria a vida de milhares de pacientes em risco imediato", afirmou.