Embaixador diz que brasileiros podem deixar Gaza nesta segunda-feira
Expectativa para cruzar fronteira rumo ao Egito
Por Plox
15/10/2023 23h41 - Atualizado há 12 meses
Na tarde de um domingo tenso, o embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, compartilha uma luz de esperança para os 22 brasileiros e seis palestinos residentes no Brasil, temporariamente refugiados nas cidades de Rafah e Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. Candeas sinaliza que o grupo, atualmente em um cenário de incerteza e espera, tem a previsão de cruzar a fronteira para o Egito nesta segunda-feira (16), após informações e rumores sobre uma possível abertura da fronteira, não apenas circularem entre os brasileiros, mas também serem corroborados por outras vias de comunicação.
A reunião de esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, traz à tona as negociações intensivas que buscam facilitar a travessia dos brasileiros e palestinos através da fronteira. As comunicações com líderes globais como o presidente de Israel, Isaac Herzog; o presidente do Egito, Abdul Fatah al-Sisi; e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, evidenciam uma rede de diplomacia mobilizada para garantir o retorno seguro dos indivíduos ao Brasil. Este, que será realizado por meio do avião VC-2 da Presidência da República, com capacidade para acolher até 40 passageiros, uma vez que as autorizações necessárias sejam concedidas.
Entrelaçando ainda mais a complexa situação, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, traz à luz os esforços colaborativos entre os EUA, Egito, Israel e a Organização das Nações Unidas (ONU) para garantir a reabertura da passagem fronteiriça e o envio de auxílio humanitário à região. Centenas de toneladas de ajuda, advindas de diversas nações, aguardam em standby na península do Sinai, Egito, apontando para a necessidade premente de um acordo que permita sua distribuição segura em Gaza, além da consequente evacuação de estrangeiros via fronteira em Rafah.
O Egito, por sua vez, afirma ter maximizado seus esforços diplomáticos, e Blinken, após uma "conversa muito boa" com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, expressa que "Rafah será reaberta". Uma solução equitativa e pacífica é urgentemente necessária para assegurar que a ajuda chegue a quem precisa e que aqueles esperando para cruzar fronteiras possam fazê-lo com segurança e dignidade.