FGV anula questões de concurso público em Macaé após críticas de conteúdo machista

Prefeitura condena perguntas ofensivas e reforça compromisso com igualdade

Por Plox

15/10/2024 11h27 - Atualizado há cerca de 2 meses

As questões de um concurso público em Macaé, no Norte Fluminense, causaram polêmica devido a um conteúdo considerado machista e misógino. A prova, aplicada no último domingo (13) para mais de 40 mil candidatos, gerou debates nas redes sociais, especialmente após a divulgação de perguntas que foram vistas como ofensivas.

Foto: Reprodução

Entre as perguntas, uma pedia que os candidatos assinalassem a frase que "não contém uma crítica ao fato de a mulher falar demais". Outra questão comparava mulheres a "defeitos da natureza" e afirmava que "as mulheres são como robôs: têm no cérebro uma célula de menos e, no coração, uma célula a mais".

Em resposta, a Prefeitura de Macaé emitiu uma nota pública repudiando qualquer conteúdo ofensivo e esclareceu que as questões do concurso, organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), não passam por aprovação prévia do município. Após tomar conhecimento do ocorrido, a prefeitura solicitou à FGV um posicionamento, o que resultou na anulação das questões ofensivas de Língua Portuguesa.

A FGV anulou as questões 1 e 4 do Módulo I de Conhecimentos Básicos, aplicadas aos cargos de Professor A, Professor AEE e Professor A (Tradutor e Intérprete). A prefeitura reafirmou seu compromisso com a igualdade e o respeito, e garantiu que acompanhará os desdobramentos para assegurar a integridade do processo seletivo.

A repercussão do caso foi intensa nas redes sociais, com candidatos e figuras públicas manifestando indignação. A vereadora Iza Vicente e o deputado federal Reimont se pronunciaram contra o conteúdo das questões, com o deputado informando que encaminhou um ofício à FGV e que outras denúncias sobre o concurso estão sendo analisadas.

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