Transplantes continuam seguros após erro no Rio de Janeiro, afirmam entidades de saúde

Sistemas de transplante garantem qualidade de vida e salvam vidas, mesmo após episódios adversos

Por Plox

15/10/2024 08h48 - Atualizado há 6 dias

Claudio Cezar Alves da Silva, aos 58 anos, retomou a qualidade de vida graças ao Sistema Nacional de Transplantes. Diagnosticado com uma doença renal em 1994, ele passou anos em sessões de hemodiálise até conseguir o transplante de rim. Atualmente, ele aguarda o terceiro transplante, mas permanece confiante no sistema que já o salvou diversas vezes. 

Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

 

Como presidente da Associação dos Renais e Transplantados do Rio de Janeiro, Silva incentiva outros pacientes a acreditarem nos tratamentos.

Apesar da recente descoberta de que alguns pacientes no Rio de Janeiro receberam órgãos contaminados por HIV, Silva e outras entidades continuam a confiar na segurança do sistema. Ele considera o erro grave, mas ressalta que "não pode deixar isso abalar". O Sistema Nacional de Transplantes é responsável por cerca de 88% dos transplantes no Brasil, garantindo atendimento a milhares de pessoas pelo SUS.

Entidades de saúde, como a Sociedade Brasileira de Córnea e o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, reforçam que o sistema é eficiente e seguro. Em casos como o transplante de córnea, que não envolve vasos sanguíneos, o risco de contaminação é praticamente inexistente. O presidente da Sociedade Brasileira de Córnea, José Álvaro, destacou que o sistema já restaurou a visão de milhares de brasileiros e que o caso no Rio de Janeiro está sendo investigado, sem comprometer a confiança no programa.

De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente 44.777 pessoas aguardam um transplante no país, sendo a maioria delas, 41.395, à espera de um rim.

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