Ataque ao STF leva à suspensão de visitas e reforço na segurança com gradis e varreduras
Medidas incluem instalação de gradis, suspensão de visitações e varredura em residências dos ministros
Por Plox
15/11/2024 21h47 - Atualizado há 7 meses
A segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) foi intensificada em resposta ao ataque ocorrido na última quarta-feira (13), quando Francisco Wanderley Luiz lançou explosivos contra o edifício-sede da Corte em Brasília. As ações reforçam a vigilância e relembram as medidas tomadas após as invasões de 8 de janeiro de 2023.

Gradis e isolamento da Praça dos Três Poderes
O entorno do STF, incluindo os anexos administrativos, foi novamente isolado por mais de 1 km de gradis, impedindo o acesso ao local. Essa barreira de proteção havia sido retirada em 1º de fevereiro deste ano em um ato simbólico que contou com a presença de líderes dos Três Poderes: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso. A remoção simbolizava a recuperação da democracia após os ataques de 8 de janeiro.
Com a nova instalação, não há previsão para a retirada dos gradis, que voltaram a cercar a área por tempo indeterminado. Além disso, pelo menos uma viatura da Polícia Militar do Distrito Federal está novamente posicionada em frente ao STF para garantir a vigilância constante, retomando uma prática comum logo após os ataques de janeiro.
Suspensão de visitações ao plenário
As visitações ao STF, tanto durante sessões de julgamento quanto em finais de semana, foram suspensas. Essa medida de precaução foi tomada após a identificação de Francisco Wanderley Luiz, autor do ataque, que em agosto deste ano visitou o plenário do STF e chegou a compartilhar imagens do local em suas redes sociais.
O homem, que não estava na lista de monitoramento da Polícia Legislativa, Polícia Federal (PF) ou Agência Brasileira de Inteligência (Abin), gerou questionamentos sobre as falhas na identificação de possíveis ameaças à Corte e seus membros.
Varredura nas residências dos ministros
Em paralelo às ações no STF, as residências dos ministros passaram por um minucioso processo de varredura policial na última quinta-feira (14). Essa prática, considerada de praxe, reforça a segurança nas moradias, que já contam com proteção fixa e diária.
Resposta estratégica e sigilo sobre detalhes
Apesar da intensificação das medidas, detalhes sobre o número de agentes e os recursos empregados não foram divulgados. A decisão de manter sigilo faz parte da estratégia de inteligência para evitar que informações sensíveis comprometam as operações.
O ataque reacendeu o alerta sobre a vulnerabilidade de instituições democráticas no Brasil, destacando a importância de medidas preventivas diante de potenciais ameaças.