Polícia Civil de Minas Gerais utiliza avanços tecnológicos para solucionar homicídios com armas de fogo

Em colaboração com a Polícia de Goiás, a PCMG identifica armas utilizadas em crimes por meio de novo sistema balístico

Por Plox

15/12/2023 10h54 - Atualizado há 12 meses

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) alcançou um marco significativo na investigação de crimes ao identificar três armas de fogo usadas em homicídios em Paracatu, Noroeste de Minas. Essas armas foram recuperadas no Estado de Goiás após uma operação policial que resultou na morte de três suspeitos. Este sucesso se deve à implementação do Banco Nacional de Perfil Balístico (BNPB), marcando a primeira correlação nacional de perfil balístico em Minas Gerais. O anúncio foi feito pela PCMG nesta sexta-feira (15 de dezembro).

 

Foto: PCMG / Divulgação

Os homicídios investigados ocorreram entre agosto e setembro deste ano e foram perpetrados por três membros de uma organização criminosa de renome nacional. Quatro homens foram assassinados, dois ficaram feridos e uma mulher sobreviveu aos ataques. Em um dos incidentes, um homem foi atingido por quatro dos 65 tiros disparados. O trio de criminosos, oriundos de Goiás e Minas Gerais e com extensas fichas criminais, foi localizado e enfrentou a polícia em 22 de setembro, resultando em sua morte.

O delegado regional em Paracatu, Gustavo Henrique Ferraz Silva Lopes, destacou a importância do trabalho conjunto entre as forças policiais e a expertise dos envolvidos. As armas apreendidas em Goiás foram conectadas a três homicídios em Minas Gerais, graças ao Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab) e ao BNPB, ambos implementados em 2021.

O chefe da Seção Técnica de Balística e Identificação de Armas e Munições, perito criminal Fabiano Marques da Silva Santos, ressaltou que o BNPB, em funcionamento desde janeiro, já auxiliou em cerca de 80 correlações de casos policiais em Minas. Ele creditou o progresso a equipamentos avançados e à competência dos profissionais envolvidos. Os dispositivos Ibis, essenciais nesse processo, representam um investimento de aproximadamente R$ 8 milhões, financiados pela Vale e pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

Peritos de Goiás e Minas Gerais colaboraram para inserir os padrões balísticos no BNPB, facilitando a correlação dos projéteis e confirmando a ligação das armas com os crimes. A perita criminal Milene Freire Batista, gestora estadual do Sinab, prevê uma expansão rápida e eficaz do sistema nos próximos anos, com a expectativa de um aumento significativo nas correlações e soluções de casos envolvendo armas de fogo.

 

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