Kalil alerta sobre risco de nova cirurgia para Lula em caso de hemorragia

Médico destacou que possibilidade de sangramento é rara, mas poderia exigir procedimento mais invasivo

Por Plox

15/12/2024 09h10 - Atualizado há cerca de 2 horas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece em observação no Hospital Sírio-Libanês após enfrentar complicações médicas recentes, mas a possibilidade de novos desdobramentos, ainda que rara, não está descartada. O cardiologista Roberto Kalil Filho, médico pessoal do chefe do Executivo, afirmou que, em caso de uma nova hemorragia intracraniana, procedimentos mais invasivos, como uma craniotomia, poderiam ser necessários.

Possibilidades em caso de novo sangramento
Em entrevista ao site Poder360, Kalil explicou os cenários possíveis caso Lula volte a apresentar sangramentos. Segundo ele, as alternativas variam conforme a gravidade do caso:

"Se houver um novo sangramento, o que é raro, tem várias possibilidades dependendo do tamanho do sangramento. Desde observação, nova trepanação [drenar o sangue por meio de um furo na cabeça] até a craniotomia. Ou seja, pode ser desde nova drenagem até uma craniotomia", disse o médico.

A craniotomia, como detalhou Kalil, é um procedimento mais complexo que a trepanação realizada em Lula na última terça-feira (10). Esse método envolve a retirada de uma parte do crânio para acessar a meninge, que é a membrana que reveste o cérebro.

Procedimentos realizados e estado de saúde atual
Na última quinta-feira (12), Lula passou por um segundo procedimento médico, uma embolização da artéria meníngea média, como parte do tratamento. De acordo com o boletim mais recente divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês neste sábado (14), o presidente permanece sob cuidados semi-intensivos.

Os médicos informaram que Lula está lúcido, orientado, caminhando e se alimentando normalmente. Não há previsão de novos exames de imagem neste momento, segundo o hospital.

Cirurgia maior considerada improvável
Embora Kalil tenha levantado a possibilidade de uma craniotomia em casos extremos, ele enfatizou que tal hipótese é "muito difícil de acontecer". A evolução positiva do quadro clínico do presidente reforça esse cenário, mas a equipe médica segue acompanhando sua recuperação de perto.

Lula foi internado após ser diagnosticado com uma hemorragia intracraniana, uma condição que, embora tratada, exige acompanhamento constante para prevenir complicações adicionais.

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